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10/12/15
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Agricultura familiar
Vídeo mostra a importância do uso de práticas agrícolas adequadas na região serrana do RJ
A Região Serrana fluminense é o principal polo agrícola do Estado, sendo responsável por mais de 90% das folhosas comercializadas na unidade da Ceasa-RJ. Em 2011, na tragédia que matou mais de 900 pessoas, muitas propriedades foram destruídas. O solo fértil desapareceu debaixo de lama e produtores ficaram sem opção para o plantio. A Embrapa, por meio do NPTA - Núcleo de Pesquisa e Treinamento de Agricultores (Nova Friburgo/RJ), vem atuando com pesquisas, cursos, treinamentos e a disseminação de práticas sustentáveis adequadas àquela realidade. O vídeo Agricultura de Montanha - Experiências da Região Serrana Fluminense, produzido em 2015 pela Unidade, relata algumas dessas práticas e está disponível no canal da Embrapa no YouTube. As imagens foram captadas entre março e agosto deste ano em diferentes propriedades nos municípios de Nova Friburgo, Teresópolis, Bom Jardim e Sumidouro. O pesquisador Renato Linhares, da Embrapa Agrobiologia, explica que o material vai ser utilizado em diferentes ações de pesquisa e transferência na região. Das especificidades da lavoura à dificuldade de transporte, o vídeo mostra também que é preciso um olhar ampliado para além da porteira. "Quando falamos de agricultura de montanha é importante abordar a multifuncionalidade dos espaços onde essa agricultura é praticada e pensar em outras estratégias de geração de renda, como, por exemplo, o pagamento por serviços ambientais e o turismo rural", comenta o pesquisador. Para mostrar o uso de práticas adequadas à região, o vídeo traz experiências de agricultores que optaram há muito tempo pelo uso de técnicas conservacionistas e hoje colhem os bons frutos dessa prática, e de outros que somente após a tragédia mudaram sua forma de lidar com a terra, como é o caso dos agricultores Aroldo Botelho, Lyndon Johnson e Margarete Satsumi Ferreira. Aroldo Botelho faz parte de uma família que vive da agricultura há mais de 60 anos na comunidade de Serra Velha, no município de Nova Friburgo. O manejo inadequado durante anos provocou o desgaste do solo e a erosão, o que fez com que a área fosse bastante afetada na tragédia de 2011. Para se recuperar das perdas e evitar mais erosão e novos deslizamentos, nos últimos quatro anos Aroldo vem adotando práticas como a adubação verde com aveia preta. "Melhorou a produção e agora, quando chove, a aveia está ajudando porque ela não deixar a água correr", relata o agricultor. Pesquisa mais próximo do campo A busca por alternativas e técnicas sustentáveis nesses ambientes vem aproximando agricultores e técnicos desde a criação do NPTA, em 2008. A proposta é apresentar estratégias possíveis de serem adaptadas à realidade dos sistemas de produção locais. São práticas que ordenam o escoamento das águas das chuvas e reduzem a necessidade de preparo de solo, como o plantio direto, o uso de plantas de cobertura de solo, o uso de cultivos perenes em detrimento de cultivos anuais, os cultivos em nível e o uso de cordões de contorno – práticas que são discutidas e muitas vezes adaptadas conforme a realidade de cada propriedade.
A Região Serrana fluminense é o principal polo agrícola do Estado, sendo responsável por mais de 90% das folhosas comercializadas na unidade da Ceasa-RJ. Em 2011, na tragédia que matou mais de 900 pessoas, muitas propriedades foram destruídas. O solo fértil desapareceu debaixo de lama e produtores ficaram sem opção para o plantio. A Embrapa, por meio do NPTA - Núcleo de Pesquisa e Treinamento de Agricultores (Nova Friburgo/RJ), vem atuando com pesquisas, cursos, treinamentos e a disseminação de práticas sustentáveis adequadas àquela realidade. O vídeo Agricultura de Montanha - Experiências da Região Serrana Fluminense, produzido em 2015 pela Unidade, relata algumas dessas práticas e está disponível no canal da Embrapa no YouTube.
As imagens foram captadas entre março e agosto deste ano em diferentes propriedades nos municípios de Nova Friburgo, Teresópolis, Bom Jardim e Sumidouro. O pesquisador Renato Linhares, da Embrapa Agrobiologia, explica que o material vai ser utilizado em diferentes ações de pesquisa e transferência na região. Das especificidades da lavoura à dificuldade de transporte, o vídeo mostra também que é preciso um olhar ampliado para além da porteira. "Quando falamos de agricultura de montanha é importante abordar a multifuncionalidade dos espaços onde essa agricultura é praticada e pensar em outras estratégias de geração de renda, como, por exemplo, o pagamento por serviços ambientais e o turismo rural", comenta o pesquisador.
Para mostrar o uso de práticas adequadas à região, o vídeo traz experiências de agricultores que optaram há muito tempo pelo uso de técnicas conservacionistas e hoje colhem os bons frutos dessa prática, e de outros que somente após a tragédia mudaram sua forma de lidar com a terra, como é o caso dos agricultores Aroldo Botelho, Lyndon Johnson e Margarete Satsumi Ferreira.
Aroldo Botelho faz parte de uma família que vive da agricultura há mais de 60 anos na comunidade de Serra Velha, no município de Nova Friburgo. O manejo inadequado durante anos provocou o desgaste do solo e a erosão, o que fez com que a área fosse bastante afetada na tragédia de 2011. Para se recuperar das perdas e evitar mais erosão e novos deslizamentos, nos últimos quatro anos Aroldo vem adotando práticas como a adubação verde com aveia preta. "Melhorou a produção e agora, quando chove, a aveia está ajudando porque ela não deixar a água correr", relata o agricultor.
Pesquisa mais próximo do campo
A busca por alternativas e técnicas sustentáveis nesses ambientes vem aproximando agricultores e técnicos desde a criação do NPTA, em 2008. A proposta é apresentar estratégias possíveis de serem adaptadas à realidade dos sistemas de produção locais. São práticas que ordenam o escoamento das águas das chuvas e reduzem a necessidade de preparo de solo, como o plantio direto, o uso de plantas de cobertura de solo, o uso de cultivos perenes em detrimento de cultivos anuais, os cultivos em nível e o uso de cordões de contorno – práticas que são discutidas e muitas vezes adaptadas conforme a realidade de cada propriedade.
Ana Lucia Ferreira (MTb 16913/RJ)
Embrapa Agrobiologia
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