O tomate, além de sua importância socioeconômica, é vital do ponto de vista de segurança alimentar, uma vez que fornece nutrientes essenciais para milhares de brasileiros. Apesar dos avanços tecnológicos, principalmente em aspectos fitotécnicos, ainda é necessário superar muitas vulnerabilidades do sistema de produção do tomateiro. O papel de cultivares geneticamente superiores é crucial para melhorar os indicadores tecnológicos do tomateiro tanto para consumo fresco quanto para processamento industrial. A obtenção de novos materiais genéticos com características que possam minimizar ou antecipar potenciais problemas bióticos e abióticos é um esforço estratégico e constante. Os híbridos predominantes no país são importados e apresentam problemas de adaptação. Por isso, a Embrapa e as instituições parceiras, em conjunto com o setor privado, têm trabalhado no desenvolvimento de cultivares mais adaptadas e competitivas para ocupar significativos nichos de mercado. O aparecimento frequente de novos patógenos e a suscetibilidade desses híbridos tem exigido a utilização de uma grande quantidade de agrotóxicos, onerando o custo de produção. O recente cenário mercadológico sinaliza para uma irreversível demanda por alimentos seguros, sem resíduos e produzidos em sistemas de gestão que considere aspectos socioambientais. Esse cenário demanda a intensificação de pesquisas que resultem em materiais genéticos com resistência a patógenos e pragas que ainda não estão disponíveis comercialmente, tais como: Xanthomonas, Ralstonia, novas raças de Fusarium e Verticillium, Tuta absoluta e Bemisia tabaci. Existe também, por parte do público consumidor, uma demanda por tomates mais saborosos. Para tal, é necessário enfrentar outro desafio tecnológico que é desenvolver cultivares com melhores atributos sensoriais incluindo sensações tácteis, gustativas, visuais e aromáticas.