A busca por fontes alternativas de fertilizantes para uso nos sistemas de cultivo orgânico ou convencional, fáceis de serem manuseados nas propriedades rurais e de alto valor nutricional e biológico, é uma das grandes demandas dos horticultores. Os resíduos orgânicos gerados na atividade avícola é motivo de grande preocupação dos empresários do setor, tendo em vista que devem ter destinação final adequada, uma vez que podem causar passivos ambientais. Já é sabida a eficiência agronômica da cama de aviário como condicionadora de solo, entretanto, há outros resíduos, gerados durante o processo agroindustrial, que necessitam de estudos para dar destinação adequada. Tais resíduos apresentam em sua composição elementos químicos essenciais ao desenvolvimento vegetal, como o cálcio e, em menor proporção, fósforo, nitrogênio e magnésio, por exemplo. Dentre os resíduos da atividade aviária, aqueles gerados durante a etapa de incubação dos ovos, chamados resíduos de incubatório, carecem de uma destinação final adequada. O volume de resíduos gerado pelas incubadoras de ovos vem aumentando anualmente, acompanhando o crescimento da cadeia de valor de produtos avícolas. Devido à composição do resíduo de incubatório, há uma quantidade apreciável de aminoácidos e nutrientes provenientes das claras e das cascas dos ovos e vislumbra-se o uso dele na agricultura como condicionador de solo e fonte de nutrientes para as culturas. Entretanto, ao se trabalhar com resíduos dessa natureza deve-se ter atenção com a possível presença de microrganismos patogênicos, nocivos à saúde humana. Nesse sentido, técnicas de compostagem com auxílio de microrganismos aceleradores da reação têm sido utilizadas com sucesso para eliminar tais microrganismos e deixar o composto pronto para processamento futuro como fertilizante.