A agricultura moderna tem se caracterizado pelo uso intensivo da terra, com utilização de altas doses de defensivos agrícolas e fertilizantes. Dentre os três macronutrientes primários, o fósforo é o menos exigido pelas plantas, no entanto, é o nutriente que mais limita a produção agrícola. Essa situação vem da carência generalizada de fósforo nos solos brasileiros e também da sua forte interação com argilominerais, que o tornam indisponível pela formação de frações insolúveis. Muitos dos produtos utilizados na correção de solos com fosfatos são de difícil preparação e pouco eficientes, levando a grande desperdício de material por imobilização subseqüente ou ainda à indisponibilidade por baixa solubilidade do produto final. Assim, uma forma de controle da liberação de fosfato no solo seria a redução de fosfatos minerais a nanopartículas, visto que em tamanhos nanométricos estes tenderiam a comportamentos de alta solubilidade. Entretanto, a demanda atual de uso de fosfatos obriga que métodos de alta produção destas nanopartículas sejam desenvolvidos, bem como estratégias que evitem a ocorrência de coalescência ou aglomeração, que comprometeriam esta solubilidade durante o processo de aplicação. Assim, a proposta central deste trabalho foi obter, a partir de métodos físicos, nanopartículas de fosfatos minerais e dispersá-las em matrizes de liberação na forma de nanocompósitos.