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21/10/22 |   Transferência de Tecnologia

Dia de campo apresenta tecnologias para mandioca em Alagoas

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Foto: Walane Ivo

Walane Ivo - Evento aconteceu na área da parceira Amafil e contou com cerca de 100 participantes

Evento aconteceu na área da parceira Amafil e contou com cerca de 100 participantes

A Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) e parceiros promoveram, na manhã de quinta (20) um dia de campo para apresentar inovações para a cadeia produtiva da mandioca no Agreste de Alagoas. 

Realizado na área da empresa parceira Agroindustrial Amafil, em Teotônio Vilela, contando com parceria da Prefeitura do Município e do Sebrae Alagoas, o evento reuniu cerca de 100 participantes, entre técnicos da Emater Alagoas e produtores rurais da região.

Os objetivos principais foram apresentar o comportamento de genótipos de mandioca tipo indústria em ensaios de campo feitos na área da empresa parceira, divulgar soluções tecnológicas como o Sistema Suprimato para controle de daninhas na lavoura de mandioca, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para da mandioca para o Agreste alagoano e discutir a importância da adubação para o setor mandioqueiro.

Os pesquisadores da Unidade de Execução de Pesquisa da Embrapa Tabuleiros Costeiros em Rio Largo, AL, Antonio Santiago e Walane Ivo apresentaram conteúdos técnicos como o panorama da mandiocultura no Agreste de Alagoas, resultados de ensaios de campo com 100 genótipos de mandioca para indústria em parceria com a Amafil, boas práticas para adubação da cultura e monitoramento dos índices de chuvas da região. 

A Embrapa entregou aos participantes publicações técnicas voltadas à produção de mandioca, como cartilhas de passo a passo para boas práticas e comunicados técnicos sobre o Suprimato e resultados de ensaios de campo em ciclos anteriores. 

Após as apresentações, o grupo seguiu para a visita de campo á área dos ensaios, onde os participantes puderam ver de perto o desempenho agronômico dos genótipos – teor de amido, grau de ramificação e nível de resistência e tolerância a pragas e doenças – combinado aos dados de produtividade apresentados pelos pesquisadores.  

Santiago destacou que a cadeia produtiva da mandioca em Alagoas ocupa papel de destaque tanto no campo econômico como social. Ocupando aproximadamente uma área de 42 mil hectares, produz matéria prima para fabricação de farinha, goma e constituinte de alimentos para rebanhos de bovinos e ovinos.

A Amafil é uma das grandes empresas brasileiras do setor de amido de mandioca de aplicação industrial – produção de fécula, tapioca e farinha. Com o incremento da sua produção em terras alagoanas, ela visa abastecer o mercado nordestino de amido.

“Com a chegada de indústrias de produtos de mandioca o perfil dos produtores está mudando, pois há a exigência das raízes apresentarem maiores teores de amido e altas produtividades. Por outro lado, a busca por aumento da sustentabilidade ambiental também está sendo exigida principalmente pelos consumidores finais”, ressaltou Santiago.

Ele frisou ainda que, embora esteja se observe crescimento da área plantada nos municípios do Agreste alagoano e consequentemente a renda dos produtores, a produtividade de raízes não é elevada, ficando em torno de 12 t/ha. “Essa situação só será mudada se houver tecnologias adaptáveis para os agricultores e logicamente através de sua adoção”, defendeu.

“Com ações dessa natureza, esperamos contribuir efetivamente com o aumento da produção e produtividade da mandiocultura alagoana, gerando incremento de renda a produtores de todos os portes e beneficiando também a agroindústria, que contará com maior oferta de matéria-prima tanto em quantidade quanto em qualidade”, destacou a pesquisadora Walane Ivo.

Saulo Coelho (MTb/SE 1065)
Embrapa Tabuleiros Costeiros

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