Embrapa Mandioca e Fruticultura
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Pesquisador apresenta atividades de programa de melhoramento em reunião internacional
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Registro da reunião virtual realizada em 29 de fevereiro por Edson Amorim (no quadro menor à direita).
O engenheiro-agrônomo Edson Perito Amorim, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, e líder do Programa de Melhoramento Genético da Bananeira e Plátanos da Embrapa, participou nos dias 28 e 29 de fevereiro, de reunião virtual coordenada pela Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA).
A equipe do projeto, financiado pela IAEA, trabalha com bananas Prata e Cavendish. “Trabalhamos com banana Prata também para induzir mutantes resistentes à raça 1 de Fusarium, que é o foco principal do Brasil nesse momento. Os testes para a raça 4 vão ser realizados na Colômbia e agora, mais recentemente, nós estamos fechando um contrato de colaboração com o Instituto Moçambicano de Investigações Agropecuárias, em Moçambique, onde há presença da raça 4 de Fusarium. Nós vamos enviar também populações mutantes para provar a resistência à raça 4 Fusarium também em Moçambique”, explica Edson.
A murcha de Fusarium, chamada anteriormente de mal-do-Panamá, causada pelo fungo de solo Fusarium oxysporum f.sp. cubense (Foc), tem sido historicamente uma das doenças mais destrutivas da bananeira. A estratégia de pesquisa da Embrapa Mandioca e Fruticultura para gerar tecnologias para seu manejo tem focado em linhas que se baseiam fundamentalmente na obtenção de genótipos resistentes e no desenvolvimento de opções de manejo integrado da doença, como a utilização do controle biológico.
No dia 29, Amorim realizou uma apresentação de 15 minutos mostrando a situação atual do programa de melhoramento genético por meio de indução de mutantes irradiados. “Apresentei os primeiros resultados, já incluindo materiais mutantes resistentes identificados, os quais serão enviados para a Colômbia para avaliação, visando testar também para a raça 4 tropical”, conta.
A reunião contou com 30 pessoas de países como Áustria, Costa Rica, Colômbia, Peru, Venezuela, Argentina e Bolívia.
Murcha de Fusarium
O fungo Fusarium oxysporum f. sp. cubense pode entrar por diferentes vias: solo contaminado carregado em sapatos, ferramentas, mudas de bananeira (visivelmente sadias, mas infectadas) e plantas ornamentais, que podem também ser hospedeiras.
A doença já ocorre na Austrália, Filipinas, Malásia, Indonésia, Taiwan, China, Omã, Jordânia, Moçambique, Colômbia e Peru. A presença da praga em dois países vizinhos com fortes laços de amizade e comerciais deixa o Brasil em permanente estado de alerta.
Léa Cunha (DRT-BA 1633)
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