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Embrapa Meio Ambiente
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22/03/16
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Pesca e aquicultura
Pesquisadores discutem a aquicultura na Embrapa
No final da última semana, pesquisadores de sete unidades da Embrapa estiveram reunidos para discutir o andamento do Portfólio de Aquicultura da empresa. Os representantes do Comitê Gestor (presidido por Eric Routhledge, chefe adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pesca e Aquicultura) foram até a Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna (SP), para avaliar os resultados dos projetos que integram o portfólio – assim como para definir as ações dos próximos anos. "O objetivo do Portfólio, realmente, é encontrar uma sinergia dentro da Embrapa, entre todas as unidades. Nessa próxima etapa, nós queremos expandir as ações junto ao setor produtivo, aprofundando nossa relação com eles", afirma Jorge Lara, pesquisador da Embrapa Pantanal que integra o Comitê.
De acordo com Jorge, o Portfólio de Aquicultura possui mais de 60 projetos, investigando diferentes espécies, aspectos e atores vinculados à atividade no Brasil. Dos 230 resultados previstos para esses projetos, 71 já foram totalmente alcançados; outros 124 devem ser atingidos até 2018. "Nós temos diferentes níveis de tecnificação nas várias espécies da aquicultura. A tilápia, por exemplo, tem muitas tecnologias e pesquisas produzidas. Em casos como esse, vamos trabalhar para transferir tecnologias diretamente à indústria, aos produtores, a toda a cadeia. Já no caso dos peixes nativos, que têm um número menor de tecnologias disponíveis, vamos continuar a estudar e a investigar – junto aos atores do setor produtivo – as principais demandas e, então, levá-las às equipes de pesquisa", afirma.
Ainda segundo o pesquisador, as áreas de transferência de tecnologia e comunicação serão fundamentais, nos próximos anos, para a transmissão desses resultados ao público e para ampliar o contato com os diferentes setores que trabalham com a atividade. Questões como o melhoramento genético de peixes (principalmente relacionado a espécies nativas), manejo ambiental, nutrição, sustentabilidade e ferramentas de gerenciamento estão bastante avançadas dentro do Portfólio, afirma Jorge. Como exemplo desses avanços, ele cita o desenvolvimento do software Aquisys – o sistema informatizado de gestão ambiental da aquicultura, elaborado por pesquisadores do Projeto de Manejo e Gestão Ambiental da Aquicultura da Embrapa Meio Ambiente.
A aquicultura na Embrapa Pantanal
Na unidade pantaneira, os projetos que contribuem com o Portfólio analisam temas como a biologia da reprodução de peixes nativos, a conservação do material genético dessas espécies, a aquicultura em tanques-rede e as características da carne de peixes da região – neste último caso, com a parceria da Embrapa Agropecuária Oeste (que fica em Dourados, MS). "O pessoal de Dourados faz pesquisas com peixes pantaneiros nativos cultivados em tanques, especialmente o pacu. Nós recebemos as carcaças aqui em Corumbá (MS) para avaliar essa carne", diz Jorge. Para os próximos anos, o pesquisador afirma que os estudos devem abordar temas como o melhoramento genético das espécies nativas e o desenvolvimento de larvas e alevinos. "Este é um mercado que também temos que explorar. O nosso próximo alvo é trabalhar com esse segmento e com o de peixes nativos do Pantanal".
Nicoli Dichoff (MTb 3252/SC)
Embrapa Pantanal
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