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Pesquisadores discutem gestão das águas, pesca, pecuária e conhecimento tradicional em Corumbá
Foto: Agência de Notícias - Embrapa
Pesquisadores discutem gestão das águas, pesca, pecuária e conhecimento tradicional em Corumbá
Durante quatro dias a cidade de Corumbá será sede de uma ampla discussão técnica e científica a respeito do desenvolvimento sustentável do Pantanal. Cerca de 340 pesquisadores, professores universitários, produtores, técnicos e estudantes vão participar do 6º Simpan (Simpósio Sobre Recursos Naturais e Socioeconômicos do Pantanal), iniciado no dia 26/11, que acontece simultaneamente ao 1º EcoPantanal – Unidos pelo Desenvolvimento Sustentável, patrocinado pela Vale e Petrobras.
A programação científica acontece no Pavilhão Semear Para o Futuro, montado no Centro de Convenções do Pantanal "Miguel Gomez", localizado às margens do rio Paraguai. O pavilhão será uma das estruturas montadas para o EcoPantanal, que vai promover a cultura, a ecogastronomia, a valorização das imagens do Pantanal e de Corumbá, exposições de produtos locais, shows, oficinas e outras atividades.
Junto ao Simpan, a Embrapa Pantanal estará promovendo o 1º Evinci do Pantanal (Evento de Iniciação Científica do Pantanal), organizado em parceria com o IFMS (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - Campus Corumbá).
De acordo com a coordenadora da comissão científica do Simpan, Suzana Salis, o simpósio teve 83 trabalhos inscritos e o Evinci, 13. Ela afirma que a participação de estudantes de iniciação científica é muito importante para estimular a prática da pesquisa entre os universitários. O Evinci recebeu resumos de alunos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus de Corumbá e Aquidauana), IFMS, UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Unopar (Universidade Norte do Paraná) e da Universidade Federal da Grande Dourados que fazem estágios ou são bolsistas Pibic/CNPq nessas instituições ou na Embrapa Pantanal. "Os resumos serão apresentados em sessão oral e os melhores trabalhos e apresentações serão premiados com livros editados pela Embrapa", afirmou Suzana.
O Simpan terá na sessão solene de abertura a presença do ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp. Ela será realizada no dia 26 de novembro, terça-feira, às 19h30.
Quarta, dia 27
A programação técnica e científica começou na manhã do dia 27, com dois temas relevantes para a produção local: projetos e políticas públicas para o Pantanal e Código Florestal. O primeiro foi abordado pela secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo (Seprotur), Teresa Cristina da Costa Dias, e o segundo, por Eduardo Riedel, presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul). O tema desta mesa-redonda foi Desafios ao desenvolvimento das cadeias produtivas no Pantanal.
Outra mesa-redonda com o mesmo tema programada para começar às 16h10 e tem a participação de Vicente Andreu, da ANA (Agência Nacional de Águas), falando sobre a atuação da ANA e monitoramento hidrometeorológico da BAP (Bacia do Alto Paraguai); Reinaldo Lourival, da WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal), abordando o planejamento espacial em terras úmidas, um caminho para a mitigação de riscos; Glauco Kimura de Freitas, da ONG WWF-Brasil, tratando do pacto em defesa das cabeceiras do Pantanal; e do professor Mário Luiz Assine, da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro, fazendo uma abordagem atual dos problemas do rio Taquari.
Quinta, dia 28
Na quinta de manhã, a partir das 8h15, acontece a mesa-redonda Desafios ao desenvolvimento das cadeias produtivas no Pantanal – Pesca e Aquicultura. A primeira palestra será sobre zoneamento de parques aquícolas, com o professor Alexandre Ninhaus, da Unesp; em seguida, o tema ecologia e manejo dos recursos pesqueiros face às alterações naturais e antrópicas será abordado pelo pesquisador Ângelo Agostinho, da UEM (Universidade Estadual de Maringá); a mesa termina com uma palestra sobre gestão de pescaria multiusuário: o caso do Pantanal, realizada por Michel Lopes Machado, do MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura).
Às 15h, logo após a apresentação de trabalhos orais e pôsteres, que acontecem sempre ao final da manhã e início da tarde, haverá a palestra "A ecogastronomia como movimento de valorização dos sabores e saberes locais", com o chef Joca Mesquita. Geógrafo de formação, Mesquita iniciou sua formação gastronômica em direção de cozinha na Uni-Rio e fez pós-graduação na Espanha em direção de cozinha e confeitaria. É consultor de restaurantes e hotéis.
Às 16h10, começa a mesa-redonda "Ciência e tecnologia na região de fronteira do Pantanal - perspectivas e entraves para a pesquisa e ações de desenvolvimento", que terá três palestras. A primeira sobre as ações da Secretaria de Relações Internacionais (SRI) na Região Transfronteiriça do Pantanal: Bolívia e Paraguai, realizada por Frederique Rosa e Abreu, da Embrapa SRI. A segunda vai abordar o mestrado em estudos fronteiriços da UFMS como catalizador do desenvolvimento da região da fronteira Brasil Bolívia, com o professor Edgar Costa, da UFMS. A terceira será realizada por Marcelo Turine, da Fundect (Fundação de Apoio e Amparo à Pesquisa do Mato Grosso do Sul), que vai falar sobre a atuação da fundação.
Sexta, dia 29
Às 8h15 começa a mesa-redonda "Valoração do homem e do conhecimento tradicional do Pantanal", que terá quatro participantes: Luciene Deová, da Fundação de Meio Ambiente de Corumbá, falando sobre políticas públicas municipais para o Pantanal; Ana Paula Correa de Araújo, da UFMS, abordando o Pantanal um espaço em transformação; Paulo Teixeira de Souza Júnior, da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), tratando da bioprospecção: passado, presente e futuro; e Philip Martin Fearnside, do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), apresentando suas contribuições sobre o pagamento de serviços ambientais.
Logo depois desta mesa, começa o último dia de apresentações de trabalhos orais e pôsteres, que vão das 10h15 às 15h, com intervalo para almoço.
A última mesa-redonda vai tratar do tema "Compatibilizando desenvolvimento socioeconômico e conservação no Pantanal" e terá palestras sobre a atuação da Vale no MS: mineração com respeito ao meio ambiente, realizada por Bruno Vasconcellos, da Vale; mineração e desenvolvimento sustentável, com Roberto Villas-Boas, do Cetem (Centro de Tecnologia Mineral); a questão das águas do Pantanal - como fazer gestão?, com Wolfgang J. Junk, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas.
Para assistir às palestras técnicas e científicas, o público deve se inscrever e doar quatro quilos de alimentos não perecíveis. Trata-se de uma contrapartida social do evento, já que estes alimentos serão destinados a entidades assistências de Corumbá.
O Simpan e o EcoPantanal são uma realização da Embrapa Pantanal em conjunto com a UFMS, ICS (Instituto de Comunicação Social do Brasil) e Prefeitura de Corumbá.
O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Seprotur (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo), a Fundect (Fundação de Apoio e Amparo à Pesquisa do Mato Grosso do Sul), a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e a Granel Química apoiam os eventos.
São parceiros a Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Fundação O Boticário, Polícia Militar Ambiental, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), Câmara Municipal de Corumbá, Instituto Moinho Cultural, Instituto Homem Pantaneiro, Cia. Teatral Cenarte, Tecolit - Telhas Ecológicas, Quadri Supermercados, Seher Turismo, Centro de Tecnologia Mineral, Ministério de Minas e Energia, ANA (Agência Nacional de Águas), Ministério do Meio Ambiente, CPP (Centro de Pesquisa do Pantanal) e Azul Linhas Aéreas. Confira a programação completa em www.ecopantanal.eco.br.
Ana Maio – jornalista (Mtb – 21.928)
Embrapa Pantanal
E-mail: ana.maio@embrapa.br
Tel.: (67) 3234-5887
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