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22/09/16 |   Código Florestal

Projeto Biomas apresenta modelos de regeneração florestal a sindicato rural

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Foto: José Felipe Ribeiro

José Felipe Ribeiro - Professor Norton (esq.), a pesquisadora Catia e o presidente do sindicato Frederico Stella

Professor Norton (esq.), a pesquisadora Catia e o presidente do sindicato Frederico Stella

Na última sexta-feira (16), os pesquisadores Catia Urbanetz, da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), e José Felipe Ribeiro, da Embrapa Cerrados (Planaltina-DF), se reuniram com o presidente do Sindicato Rural de Aquidauana, Frederico Borges Stella, para apresentar alguns modelos de regeneração florestal previstos no Projeto Biomas, uma parceria entre a Embrapa e a Confederação Nacional da Agricultura, que terá uma área experimental implantada no município.
 
"Apresentamos a ele o projeto e discutimos as ações que estão sendo feitas no Pantanal da Nhecolândia e o que pretendemos realizar em Aquidauana", comentou Catia. A UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) cedeu uma área de 20 ha para o teste de alguns modelos economicamente viáveis.
 
Na Nhecolândia, de acordo com os pesquisadores, estão sendo testados modelos que preveem o uso da madeira na propriedade rural. Em Aquidauana a ideia é experimentar modelos de técnicas de recuperação ambiental em áreas com passivos ambientais. A iniciativa vai contemplar produtores que precisem regenerar áreas, atendendo às exigências do Código Florestal. "Estamos nos adiantando para testar e selecionar as melhores técnicas que serão indicadas aos produtores, já que no final de 2017 vence o prazo para eles se inscreverem no CAR (Cadastro Ambiental Rural)", diz Catia.
 
De acordo com a pesquisadora, apenas ao final desse prazo do cadastramento será possível conhecer a área exata com passivos ambientais no Mato Grosso do Sul. Catia afirma que a iniciativa do Biomas procura aproximar o projeto das demandas dos produtores. O contato com o sindicato rural é importante para criar esse canal de comunicação.
 
A ideia é experimentar técnicas mais baratas e, nem por isso, menos eficientes do ponto de vista da recuperação ambiental. Entre as técnicas de baixo custo que serão testadas em Aquidauana estão a nucleação, os poleiros artificiais, o enriquecimento e o adensamento. Todas são do tipo indutoras de regeneração natural com manejo.
 
O enriquecimento consiste no aumento do número de espécies que serão utilizadas, ampliando a riqueza da área trabalhada. A nucleação é uma alternativa que exige espécies pioneiras de crescimento rápido e resistentes ao sol, cujas sementes atraiam aves ou pequenos mamíferos. O plantio é feito em núcleos que, com o tempo, se expandem pela área a ser recuperada. O adensamento consiste em ampliar a densidade de plantas em uma determinada área, acelerando o sombreamento. Os poleiros artificiais são uma estrutura feita com bambu e que possui um alimentador para aves. Atraídas, elas utilizam o poleiro e deixam cair as sementes em uma rede pendurada nessa estrutura. Depois de analisadas as espécies, essas sementes são liberadas, caem no solo e vão regenerando aquele espaço.
 
Além da reunião com Frederico Stella, os pesquisadores estiveram com o professor da UEMS Norton Hayd Rego e sua equipe para discutir os futuros desdobramentos do componente Pantanal na região. "Estamos muito empolgados com esta perspectiva de expansão dos experimentos do Componente Pantanal do projeto Biomas para Aquidauana, onde inclusive foi definida a nova área de plantio. Já estamos selecionando os novos estagiários da parceria Embrapa com o MMA (Ministério do Meio Ambiente)/Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável", afirmou o professor Norton.
 

Ana Maio (Mtb 21.928)
Embrapa Pantanal

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