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24/03/15
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Gestão ambiental e territorial
Limites territoriais brasileiros são mapeados para ampliar capacidade de monitoramento de pragas
Foto: Editoração: Daniela Maciel
Limites territoriais brasileiros são mapeados, buscando evitar a entrada de pragas
Devido aos grandes danos que as pragas exóticas e quarentenárias podem causar na produção agropecuária e florestal brasileira, a Embrapa Gestão Territorial e seus parceiros, vem conduzindo um estudo que visa ampliar a capacidade de monitorar essas ameaças.
Parte deste trabalho está registrado e acaba de ser publicado na série Circular Técnica, número 03, com título "Identificação de segmentos e locais nos limites territoriais do Brasil para ações de prevenção à entrada de pragas". A publicação apresenta a metodologia utilizada e teve como objetivo mapear os limites territoriais brasileiros, discriminando 6 aspectos:
- as fronteiras secas;
- as fronteiras úmidas;
- a presença de floresta;
- o acesso terrestre (rodovias);
- os portos nas fronteiras; e
- os aeródromos.
A consideração desses aspectos foi pensada em relação às vias pelas quais as pragas podem entrar em uma região. A entrada de pragas quarentenárias pode resultar na diminuição da produção agropecuária, na contaminação e também na perda de mercado externo, causando impactos ambientais, econômicos e sociais negativos e o nosso trabalho é fornecer subsídios para que ações de prevenção a entrada e de contenção da dissipação das pragas sejam tomadas pelos órgãos responsáveis, salienta o analista de Geoprocessamento da Unidade, Wilson A. Holler, primeiro autor da publicação. O Brasil sofre impacto negativo à medida que aumentam as barreiras comerciais impostas aos produtos agrícolas nacionais, em decorrência de novas pragas.
Visando uma prática aberta de produção científica e tecnológica, a Unidade está disponibilizando os dados utilizados neste trabalho, em sua recém criada página "Dados abertos de Pesquisa". Buscamos ampliar a possibilidade de trabalhos conjuntos e melhorar nossos estudos, por meio de análises críticas de especialistas que serão facilitadas a partir dessa iniciativa, comenta o supervisor do Núcleo de Análises Técnicas, Rafael Mingoti. Eles estão disponíveis no formato de arquivo shapefile e com uma proposta de representação das feições cartográficas nos formatos *.lyr, *.sld e *.qml. Com base nos dados obtidos, podem ser estabelecidas regiões prioritárias para ações públicas e/ou privadas (empresas, associações ou cooperativas) de prevenção da entrada de pragas de acordo com as pragas existentes em cada país fronteiriço.
Daniela Maciel
Embrapa Gestão Territorial
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