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Evento discute a calculadora da intensidade de carbono de biocombustíveis do RenovaBio em SP
A Embrapa e a Unicamp, em parceria com Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e Agroicone, promoveram em 4 de outubro, na Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, Campinas, SP, o Workshop de Validação da RenovaCalc – a calculadora da intensidade de carbono de biocombustíveis do Programa RenovaBio.
O evento estimulou discussões para avaliar se a estrutura da RenovaCalc está devidamente alinhada para os desafios de certificação, bem como para determinar os próximos passos para se desenvolver um protocolo para certificação do Programa.
A RenovaCalc é uma ferramenta de funcionamento similar a uma calculadora, onde as empresas cadastradas no RenovaBio, interessadas em Créditos de Descarbonização (CBios), deverão detalhar aspectos agrícolas e industriais de seus produtos que resultam na emissão de carbono.
Conforme destacou a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Marília Folegatti-Matsuura, a reunião contou com uma expressiva participação, abrigando representantes do Ministério das Minas e Energia (MME) Marcus Eugênio Rocha; da Agência Nacional do Petróleo (ANP) Carlos Orlando Silva; e do Grupo de Trabalho de Avaliação de Desempenho Ambiental e Certificação do RenovaBio, composto por pesquisadores da Embrapa – Marcelo Morandi, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, Marília Folegatti, Renan Novaes e da Fundação Espaço ECO Michelle Scachetti, e seus parceiros, Joaquim Seabra da Unicamp e Mateus Chagas do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE).
A reunião contou ainda com a presença de representantes de diversas certificadoras como Green Domus, KPMG Certificadora, RSB Brasil, SGS Brasil, Instituto Totum e Fundação Vanzolini.
Marília, que coordena o GT de certificação do RenovaBio, explicou que no momento o grupo de trabalho está concluindo a elaboração do "marco referencial da avaliação de desempenho ambiental do Programa e da RenovaCalc". "No momento seguinte, será iniciada a elaboração da documentação referente à certificação, propriamente. As certificadoras foram convidadas a participar desta iniciativa e responderam positivamente. "Em breve, o MME trará orientações para a sequência dos trabalhos", explicou a pesquisadora.
Para o representante do MME Marcus Rocha, a reunião serviu como termômetro para se verificar o envolvimento crescente de instituições em torno do Programa. “Esse envolvimento construtivo possibilita avanços no entendimento da RenovaCalc, que é a ferramenta que irá nos permitir a comparação de intensidade de carbono nos biocombustíveis em relação aos combustíveis fósseis, e esse é o cerne do Programa”, disse.
No entendimento de Rocha, a reunião propiciou avanços importantes, na medida em que habilita meio e formas de se comunicar à sociedade os conteúdos da proposta e os benefícios agregados que o Programa representa, a partir da sua implementação no País. Não só os benefícios econômicos e ambientais, mas todas as externalidades positivas do Programa RenovaBio.
A Embrapa e a Petrobras no RenovaBio
Recentemente a Petrobras confirmou o seu apoio ao RenovaBio. Conforme explicou o representante do MME Marcus Rocha, a entrada da Petrobras no Programa resulta do reconhecimento daquilo que o Programa representa e pode fazer para o País.
Conforme explicou, esse fato aponta para o diálogo cooperativo, capaz de equacionar ações que suplantem uma tendência mundial, ou seja, “pensarmos e estruturarmos uma matriz de transporte que seja baseada em combustíveis com menores intensidades de carbono”.
Rocha exaltou ainda os esforços da Embrapa em torno do RenovaBio. Para ele, falar em agricultura de base sustentável no Brasil, sem a participação da Empresa, é algo impensável. “A Embrapa é parceira fundamental do RenovaBio desde seu nascedouro, e com a sua expertise tem colaborado imensamente no contexto da estruturação da descarbonizacão da matriz de transporte no Brasil,” concluiu.
Conforme o chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, “o RenovaBio é uma política pública que expressa muito bem o conceito de sustentabilidade, unindo os aspectos econômicos e ambientais dos biocombustíveis, o que trará importantes impactos sociais, com a descarbonização da matriz energética brasileira. Portanto, participar dessa construção é parte da missão da Embrapa Meio Ambiente”.
Marcos Vicente (MTbE 19.027/MG)
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