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Embrapa Pantanal participa de processo da IG do Ovino Pantaneiro
No início desta semana, a Embrapa Pantanal recebeu a visita de Saulo França, consultor do Sebrae, que veio à unidade para conhecer as características da Ovelha Pantaneira. "Nós estamos tentando alocar algumas possibilidades de Indicação Geográfica no Mato Grosso do Sul. É um projeto do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect). Um dos produtos que foram selecionados para passar por esse diagnóstico é a Ovelha Pantaneira", afirma Saulo.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o registro de Indicação Geográfica (IG) é conferido a produtos ou serviços que possuem características marcantes, relativas ao seu local de origem – tornando-os únicos no mercado. Para verificar se a Ovelha Pantaneira é um desses casos, Saulo conta que percorreu instituições como a Embrapa Gado de Corte, a Universidade Anhanguera-Uniderp e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). A Embrapa Pantanal encerrou o ciclo de visitas do processo.
"O projeto está em fase de diagnóstico. Após essas visitas, o levantamento de dados e a comprovação das informações, a gente passa para a emissão dos relatórios", afirma o consultor. Para Saulo, a Ovelha Pantaneira tem grandes chances de ter sua Indicação Geográfica reconhecida. "É o que a gente está conseguindo comprovar: esse é um produto que, realmente, é genuíno daqui. Dá para dizer que é oriundo da região porque essa raça de ovelhas teve modificações ao longo do tempo causadas pelas condições ambientais locais. É uma criação, hoje, com características pertinentes ao Pantanal".
A pesquisadora Sandra Santos, que recebeu Saulo durante a visita, destaca a importância de um reconhecimento como esse para a manutenção da raça. "A Ovelha Pantaneira possui várias características importantes, entre elas as de adaptação ao ambiente e a capacidade de se reproduzir o ano todo (ou seja, são poliéstricas anuais – e não poliéstricas estacionais, como as demais). Um dos potenciais de mercado é a sua utilização na região do Planalto para fazer cruzamentos com outras raças, para a produção dos cordeiros. Essa característica é vista com bons olhos. Se a IG do animal der certo, vai ser mais fácil incentivar a conservação e a criação da raça Pantaneira. Se você vislumbra essa cadeia produtiva, é possível fortalecer os criadores que já existem e os produtores que podem ter interesse", afirma.
Segundo Saulo, o próximo estágio do processo será a exposição das informações coletadas ao Sebrae e parceiros (o que deverá ser feito no dia 04 de dezembro) para determinar que produtos terão seus processos de Indicação Geográfica aprovados – e de que forma serão distribuídos os recursos entre eles.
Nicoli Dichoff (MTb 3252/SC)
Embrapa Pantanal
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