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Zootecnista da Agraer apresenta vantagens econômicas e ambientais das abelhas sem ferrão
Foto: Fládima Christofari
O mel, a cera, o própolis e o pólen estão entre os principais produtos extraídos dessas colônias.
Alternativa rentável para o agricultor familiar, a meliponicultora contribui também com a preservação do meio ambiente
Espécies nativas do Brasil, as abelhas sem ferrão ainda são pouco conhecidas para a maioria da população. Para popularizar o conhecimento sobre a criação e os benefícios dessas espécies para o meio ambiente e a economia local, a zootecnista da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), Jovelina Maria de Oliveira, expôs os atrativos da Meliponicultura (criação racional de abelhas nativas – sem ferrão) na maior feira da agricultura familiar de Mato Grosso do Sul - Tecnologias e Conhecimentos para a Agricultura Familiar (Tecnofam), realizado de 13 a 15 de setembro, em Dourados-MS.
De acordo com a zootecnista existem aproximadamente 300 tipos de abelhas sem ferrão que vivem em colônias no Brasil, entre elas estão as espécies Borá (Tetragona clavipes), Lambe-olhos (Leurotrigona muelleri), Mirim-guaçu (Plebeia remota), Mirim- juliani (Plebeia juliani), Uruçu Amarela (Melipona rufiventris), Marmelada (Frieseomelitta varia) e Jataí (Tetragonisca fiebrigi) – expostas na Tecnofam aos participantes.
O mel, a cera, o própolis e o pólen estão entre os principais produtos extraídos dessas colônias. “Todos os produtos da apicultura nós podemos produzir e comercializar com a criação das abelhas nativas. Se a gente cria dez espécies de abelha, nós teremos dez sabores diferentes porque cada espécie produz um mel com um teor de água e um sabor específico. Além disso, o mel tem um valor agregado muito acima dos produtos da apicultura”, afirmou a zootecnista.
As abelhas podem ser criadas em caixas de madeira e alocadas em territórios urbanos ou rurais já que não demandam grande disponibilidade de espaço do produtor. As colônias contribuem ainda com a polinização das plantas, aumento da produção agrícola e preservação da flora. “Essas abelhas têm uma grande importância para o equilíbrio ambiental pois, devido à variedade das espécies, elas são especialistas em polinizar determinadas flores, o que garante melhores resultados no tamanho, na qualidade e na quantidade dos frutos”.
Há aproximadamente 200 criadores de abelhas sem ferrão em Mato Grosso do Sul. A expectativa é que mais pessoas se interessem pela atividade por meio da divulgação dessas vantagens em feiras de transferências de tecnologia e da assistência écnica oferecida gratuitamente pelos extensionistas rurais da em todos os 79 municípios do Estado.
Fotos do evento.
Fládima Christofari (MTb 743/MS)
Assessoria Agraer
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