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I Oficina de avaliação participativa da qualidade do solo do Projeto Compostar
No dia 01 de dezembro de 2015, foi realizada no Sítio Esperança, município de Orizona, a I Oficina de avaliação participativa da qualidade do solo organizada pela equipe do Projeto Compostar, liderado pela pesquisadora Flávia Alcântara. Este projeto busca desenvolver, junto com os agricultores familiares, fertilizantes alternativos, produzidos a partir de matérias primas locais, de forma a fortalecer o manejo agroecológico do solo em dois territórios de Goiás.
A oficina teve como objetivo avaliar a qualidade do solo de forma participativa e usando um método fácil e rápido e foi ministrada pela pesquisadora Cynthia Torres de Toledo Machado, da Embrapa Cerrados, que vem aplicando e disseminando este método há quase 10 anos. A abertura do evento foi feita pela pesquisadora Flávia Alcântara, que falou sobre a importância do solo na agricultura e sobre o diferencial do manejo agroecológico do solo. Em seguida, a Dra. Cynthia explicou o método e iniciou a parte prática, conduzindo os participantes para uma área com consórcio banana-feijão. Na prática, são utilizados materiais simples como, por exemplo, haste de ferro e água oxigenada para medir, respectivamente, profundidade do solo/compactação e presença de microrganismos. Os participantes foram divididos em duplas e cada dupla atribuiu notas de 1 a 10 para cada aspecto do solo observado. Na parte da tarde, os participantes aprenderam a colocar os resultados em um gráfico no formato de teia, o que permitiu visualizar com maior clareza a situação atual do solo avaliado e discutir sobre os efeitos do manejo do solo em sua qualidade.
Durante toda a oficina, reforçou-se a importância da matéria orgânica como fonte de vida do solo, já que ela atua não só como fornecedora de nutrientes para as culturas, tornando o solo mais fértil, mas também como um material condicionador, isto é, que melhora suas condições químicas, físicas e biológicas. No manejo agroecológico do solo, a matéria orgânica é vista como componente chave, fundamental para a sustentabilidade do solo, de seu uso e de todo o sistema agrícola.
Estiveram presentes 20 pessoas entre produtores agroecológicos do Grupo G-Vida, alunos da Escola de Família Agrícola de Orizona e técnicos da EMATER-GO. Ao final do evento, os participantes relataram suas impressões sobre o evento, destacando a importância de se aprender na prática a determinar a qualidade do solo e utilizando ferramentas simples e baratas. Além disso, ficou bem clara a relevância desse tipo de oficina para a multiplicação de tecnologias e práticas, pois cada participante poderá treinar outras pessoas a partir do que aprendeu, ou seja, o envolvimento da comunidade local é o grande diferencial para o alcance dos resultados.
O senhor Elísio Pinheiro, proprietário do sítio Esperança e integrante do Grupo G-Vida, e a EMATER-GO ofereceram um almoço para os participantes do evento. Senhor Elísio reforçou que ficou satisfeito com a oficina e com a possibilidade de poder ver os resultados da qualidade do solo de sua propriedade de maneira mais clara e, a partir disso, realizar melhorias na área. Segundo ele, é preciso treinar o olhar e acompanhar o solo sempre.
Em 2016, serão realizadas mais uma ou duas oficinas na mesma área, a fim de continuar a capacitação e comparar os resultados da I Oficina com os resultados que virão, a partir do uso de fertilizantes orgânicos e organominerais aplicados para adubação da cultura do feijão. O objetivo é mostrar que, com as práticas de manejo (adubação verde, adubação orgânica, etc.), pode-se melhorar a qualidade do solo em médio prazo. Dessa forma, o manejo agroecológico do solo é internalizado e fortalecido na região.
Fonte: Núcleo de Comunicação Organizacional - Embrapa Arroz e Feijão
Rodrigo Peixoto (1.077 MTb/GO)
Embrapa Arroz e Feijão
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