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Pesquisador acompanha atividades de projeto de melhoramento na Colômbia
De 13 a 16 de novembro, o pesquisador Edson Perito Amorim, líder do Programa de Melhoramento Genético da Banana e Plátanos da Embrapa, esteve na Colômbia para acompanhar, pela primeira vez, o andamento dos trabalhos de melhoramento de banana Cavendish em execução naquele país como parte de projeto assinado entre Embrapa, Corporación Colombiana de Investigación Agropecuária (AgroSavia) e Associación de Bananeros de Colômbia (Augura).
O projeto tem duração de cinco anos em sua primeira fase, 2021-2026. Além do projeto em execução, o convênio com Agrosavia é estratégico para o agronegócio da banana no Brasil, pois tem permitido avaliar genótipos quanto a resistência à Foc R4T, doença ausente no Brasil, entretanto, identificada nos vizinhos Colômbia, Peru e Venezuela.
No dia 13, após ser recebido pela pesquisadora Monica Betancourt, líder do projeto de prevenção, manejo e controle de Foc R4T da AgroSavia, Amorim participou de uma breve reunião para conhecer a equipe envolvida no projeto em comum e, na sequência, visitou alguns laboratórios da instituição, entre eles Cultura de Tecidos, Biotecnologia e Microbiologia e conheceu a casa de vegetação onde se mantém, sob quarentena, o germoplasma elite de bananeira desenvolvido pela Embrapa.
No dia 14, Amorim visitou a Augura, em especial o trabalho de avaliação de novos genótipos com potencial resistência ao Foc R4T. Estão em teste vários genótipos, de diferentes instituições, incluindo Embrapa. A BRS Princesa e a BRS Platina estão no campo para avaliar o potencial para exportação e algumas plantas iniciaram a floração do primeiro ciclo. Por ora tem chamado atenção o vigor e a sanidade das plantas.
À tarde Amorim reuniu-se com representantes da Uniban, uma das maiores comercializadoras exportadoras de banana da Colômbia, para discutir estratégias de validação da BRS Princesa para exportação. “Será instalada uma área com plantas de BRS Princesa em área de produção de banana Maçã e com problemas com Foc raça 1. O objetivo é validar a cultivar com produtores com experiência na produção de tipos Maçã”, explica.
Nos dias 15 e 16, Amorim acompanhou os cruzamentos entre diploides melhorados e cultivares Cavendish, assim como entre plantas de Cavendish. O trabalho está instalado na cidade de Palmira, próximo a Cáli. “Trata-se do mesmo trabalho que estamos fazendo na Embrapa, no Brasil. Com isso temos quase 10ha para realizar cruzamentos. Minha presença nesse momento disse respeito a monitorar os trabalhos, para ver se estão seguindo os protocolos elaborados por Embrapa, entre os quais os métodos de cruzamentos, identificação de sementes e avaliação da fertilidade das plantas Cavendish. Os cruzamentos foram iniciados esse ano, e é fundamental que sigam as diretrizes da Embrapa, uma vez que teremos mais três anos de cruzamentos pela frente, na primeira fase do projeto Embrapa-AgroSavia-Augura”, conta. As atividades no Brasil serão iniciadas em março/abril de 2024, com os cruzamentos em campo.
“Foi uma semana muito produtiva, em que foi possível acompanhar, pela primeira vez, o andamento dos trabalhos de melhoramento de Cavendish em execução na Colômbia, como parte de projeto assinado entre Embrapa, AgroSavia e Augura”, resume Amorim que, por questões de segurança para o Brasil, não visitou as regiões afetadas por Foc R4T na Colômbia.
Em janeiro, a pesquisadora Janay dos Santos-Serejo vai a Colômbia ministrar capacitação em fertilidade de pólen de Cavendish e manejo de sementes para as equipes da AgroSavia e Augura que trabalham em Palmira.
Léa Cunha (DRT-BA 1633)
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