As mudanças climáticas causam significativas alterações na ocorrência e severidade de doenças agrícolas. No entanto, essas modificações devem ser diferentes em cada interação entre patógeno e hospedeiro, definido como patossistema, e a região geográfica do mundo.

Este projeto propõe como estudo de caso tratar dos patossistemas oídios em alface, feijão-caupi e melão – culturas escolhidas junto à sua importância econômica e social e por serem de ciclo curto, permitindo que experimentos sejam executáveis no período do projeto. O objetivo geral é desenvolver estratégias de adaptação para o controle sustentável da doença e avaliar os efeitos das mudanças climáticas sobre a distribuição geográfica dos oídios nestas culturas. Além disso, o projeto vai também estabelecer a base das variáveis climáticas dos cenários projetados no Sexto Relatório do IPCC e prognosticar a distribuição geográfica destes oídios nas referidas culturas e dentro dos cenários de mudanças climáticas neste mesmo Relatório.

A Solução de Inovação para o problema apresentado são práticas adaptadas e resilientes às mudanças climáticas para o controle sustentável dos oídios, com manejo integrado em agroecossistemas ou por meio de bioagentes de controle biológico. Para o controle sustentável da doença, a estratégia de adaptação será baseada na redução da dependência de produtos químicos, com propostas de adoção de agroecossistemas, por meio de sistemas de cultivos diversificados para a redução dos riscos de epidemias. Também será abordado o controle biológico, uma das formas de manejo de doenças de plantas mais sustentável Devido as mudanças climáticas, será necessário identificar, isolar e testar populações de bioagentes com ampla faixa de ação em altas temperaturas para que estes microrganismos continuem eficazes no controle de doenças. Também sob o aspecto da distribuição geográfica da favorabilidade dos oídios em cenários de mudança climática, será realizado um mapeamento baseado na modelagem validada para cada patossistema e região considerados.

Com isso os agricultores terão acesso às recomendações de melhor manejo, com medidas para gerenciar o controle dos oídios, aumentando a capacidade adaptativa e resiliência desses sistemas de produção. O projeto é fruto da parceria da Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Semiárido e pesquisadores da Unicamp, da Sakata Seed Sudamérica e do Inpe.