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Atividade antifúngica de óleos essenciais sobre Rhizoctonia solani isolado de feijão-caupi.
Autoria: ABREU, M. F.; ARAÚJO, M. L. de; HALFELD-VIEIRA, B. de A.; ARAÚJO, J. M. de
Resumo: O plantio de feijão caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) na região do Vale do Juruá, que abrange os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo no Estado do Acre e mais alguns municípios do Estado do Amazonas, é realizado costumeiramente em área de várzea. Devido as características destas áreas, o uso de defensivos para o manejo de doenças na cultura é um fator limitante, pois há o risco de contaminação dos cursos hídricos. O uso de produtos naturais, como os óleos essenciais, para o manejo de fitopatógenos pode ser vantajoso, pois se trata de um método de reduzido potencial poluente, proporcionando segurança alimentar ao consumidor e proteção ambiental. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito antifúngico dos óleos provenientes de buriti (Mauritia flexuosa L. f.), mamona (Ricinus communis L.) e lacre (Vismia guianenses (Aubl.)) sobre Rhizoctonia solani isolado de feijão caupí. Os óleos utilizados foram extraídos a partir do pericarpo do fruto do buriti, sementes de mamona e da casca da árvore do Lacre, em aparelho extrator soxhlet. No teste de sensibilidade do fungo, foram utilizadas as alíquotas de 0, 20, 40, 60, 80 e 100 µL de cada óleo, distribuídas sobre a superfície do meio BDA com auxílio de uma alça de Drigalski. Posteriormente foi depositado um disco de micélio (5 mm) de R. solani com 7 dias de crescimento no centro de cada placa. Adicionalmente, foram realizados os tratamentos controle: fungicida e hexano. As placas foram incubadas em BOD à temperatura de 25 ± 1ºC com fotoperíodo de 12 h por sete dias. Diariamente, foi analisado o crescimento micelial (CRMI), calculando-se posteriormente a inibição do crescimento micelial (IC). Os dados foram submetidos a Anova e análise de regressão. Os resultados obtidos demonstraram que os óleos de buriti e lacre apresentam potencial antifúngico sobre R. solani. em todas as alíquotas, fato não observado com o óleo de mamona que não demonstrou efeito inibitório ao patógeno. O óleo de lacre demonstrou maior potencial antifúngico sobre R. solani, com uma porcentagem de inibição de crescimento de 27,9%.
Ano de publicação: 2024
Tipo de publicação: Resumo em anais e proceedings
Unidade: Embrapa Meio Ambiente
Palavras-chave: Controle alternativo, Mauritia flexuosa, Ricinus Communis, Vismia guianenses