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Paraíba vai adotar tecnologias sociais da Embrapa como políticas públicas
Foto: Alexandre Oliveira
O evento reuniu pesquisadores de seis Unidades da Embrapa, representantes do Governo da Paraíba, MDA, MDS, prefeitos, vice-prefeitos, secretários de agricultura de diversos municípios, representantes de instituições financeiras, sindicatos e associações de produtores
Transformar as tecnologias sociais desenvolvidas pela Embrapa em políticas públicas para o Semiárido da Paraíba. Esse foi o objetivo do seminário realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido (SEAFDS), em parceria com a Embrapa, nesta segunda-feira (16), na sede da Embrapa Algodão, em Campina Grande.
O evento reuniu pesquisadores de seis Unidades da Embrapa (Algodão, Semiárido, Caprinos e Ovinos, Milho e Sorgo, Instrumentação e Meio Norte), representantes do Governo do Estado da Paraíba, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), do Banco do Nordeste (BNB) e do Fundo Social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), prefeitos, vice-prefeitos, secretários de agricultura de diversos municípios paraibanos e representantes dos sindicatos e associações de produtores.
São consideradas tecnologias sociais, os produtos, processos ou técnicas de baixo custo, fácil aplicação e de grande impacto na melhoria de vida das comunidades que as adotam.
Durante o seminário foram apresentadas tecnologias sociais geradas pela Embrapa e já validadas para o Semiárido, entre elas o sistema barraginhas, a fossa séptica biodigestora e o sistema integrado alternativo para a produção de alimentos (sisteminha). "A ideia é juntar o conhecimento científico gerado pela Embrapa com a capilaridade dos órgãos de assistência técnica, as ações que já vem sendo realizadas pelo governo do Estado e organizações de agricultores para buscar melhorias para a vida do agricultor, especialmente, o agricultor do Semiárido paraibano", afirmou o chefe do Departamento de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Fernando Amaral.
Para o presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Santa Luzia e coordenador do território do Médio Sertão, Bivar Duda, as tecnologias sociais são um aprendizado do dia a dia e têm que acontecer na vida prática do agricultor. "Nós vimos na palestra que o déficit de água no solo é enorme. Então essas tecnologias têm essa característica e esse papel de captar a água que cai da chuva e que a gente normalmente deixa ir embora para que o agricultor possa utilizar, seja no consumo humano, seja no consumo animal e na sua plantação", afirmou.
Durante a rodada de oportunidades realizada ao final do seminário, o secretário Lenildo Morais informou que vai buscar junto ao MDA e às instituições financeiras presentes no evento, incentivos para transformar as tecnologias apresentadas em políticas públicas para o estado da Paraíba. "No início do próximo ano nós vamos montar quatro Unidades Demonstrativas (Escolas de Campo) com as tecnologias que foram trazidas para cá e paralelamente, vamos captar recursos para transferir essas tecnologias para todos os nossos territórios".
Além das Unidades de Demonstração, também será firmado convênio entre a Embrapa e o governo do Estado para implantação das tecnologias sociais e revitalização do algodão agroecológico, da caprinocultura e da cadeia produtiva do sisal na Paraíba.
A Embrapa Milho e Sorgo assumiu o compromisso de implantar 150 barraginhas e cinco fossas sépticas em município a ser definido pela SEAFDS, que funcionará como multiplicador dessas tecnologias nessa região.
Edna Santos (MTB-CE 01700)
Embrapa Algodão
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