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Embrapa e Ibama assinam protocolo para ações em parceria em SE
A Embrapa Tabuleiros (Aracaju, SE) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) assinaram, na tarde de quarta (21), um Protocolo de Intenções para promover ações estratégicas de fortalecimento e execução de políticas públicas ambientais no estado de Sergipe.
O ato de assinatura aconteceu na sede da Unidade da Embrapa em Aracaju, e contou com a presença de representantes de entidades federais, estaduais e municipais com atuação voltada a políticas ambientais no estado.
Assinaram o termo a chefa-geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros Tereza Cristina de Oliveira e o superintendente do Ibama em Sergipe Cassio Costa.
Veja aqui a galeria de fotos completa da cerimônia na página da Embrapa no Flickr:
Assita aqui à cerimônia de assinatura do ato no canal da Embrapa no YouTube:
Os termos do protocolo abrem novas frentes para cooperação técnica e institucional entre a Embrapa e o Ibama em Sergipe para promover ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação e transferência de tecnologia com foco na sustentabilidade ambiental dos ecossistemas e biomas presentes.
Com a formalização do instrumento jurídico, as instituições podem traçar planos de ação, elaborar e executar projetos de pesquisa e transferência e alocar equipes, recursos financeiros e equipamentos para atuação conjunta.
Cassio Costa destacou que a agenda ambiental do país, especialmente no enfrentamento dos eventos climáticos extremos, é transversal, devendo ser prioridade de diversos órgãos públicos federais, estaduais e municipais. “É preciso uma atuação conjunta e efetiva para buscarmos reverter a perigosa flexibilização promovida nos últimos anos sobre as leis ambientais do país, gerando riscos e vulnerabilidade ao nosso rico patrimônio natural e para as pessoas”, alertou.
O superintendente ressaltou, ainda, a importância de fortalecer a agenda da educação ambiental como prioridade em todos os órgãos públicos e na sociedade brasileira. “Essa agenda foi elevada ao topo das prioridades do Ibama, e precisamos mobilizar todos os parceiros, como a Embrapa, as instituições de ensino e pesquisa e fortalecer as fontes de diálogo como instrumento de troca de conhecimentos, resolução de conflitos e promoção de avanços na proteção ambiental no país”, declarou.
Tereza Cristina destacou a natureza complementar das funções da Embrapa e do Ibama. “O nosso centro de pesquisa sediado em Aracaju é de natureza ecorregional, com área de atuação nos Tabuleiros Costeiros – região litorânea da Mata Atlântica – de praticamente todo o Nordeste, além de manter no nosso campo em Itaporanga d’Ajuda uma reserva particular do patrimônio natural (RPPN) – a Reserva do Caju – com conservação permanente de uma imensurável diversidade biológica dessa região”, pontuou.
“Nessa perspectiva, diante da importância dos recursos naturais, da biodiversidade e da proteção das populações tradicionais, e das constantes e crescentes ameaças à sua integridade e existência, é mais importante do que nunca que as instituições unam esforços e competências para gerar projetos e ações robustos para gerar conhecimento, políticas públicas e legislação que efetivamente garantam proteção e conservação desse patrimônio”, defendeu.
A Reserva do Caju
Localizada à beira do rio Vaza-Barris, próximo à foz, a Reserva do Caju constitui um rico e exuberante substrato da diversidade do litoral nordestino, sendo berço de diversas espécies. Em incursões anteriores pelo local foram encontrados vestígios antigos de cerâmicas indígenas, que se encontram expostos no Museu do Homem Sergipano. No entorno da área estão comunidades tradicionais cujo sustento depende fortemente da integridade ambiental da região, como a Ilha Mem de Sá, onde 75 famílias vivem da pesca artesanal e da coleta de mariscos.
Oficializada em caráter permanente, a reserva ocupa a maior parte dos 910,81 hectares do campo experimental, onde a Unidade da Embrapa desenvolve diversas pesquisas em agricultura de base ecológica e mantém Bancos Ativos de Germoplasma (BAGs) – áreas para conservação de recursos genéticos de coco e mangaba de relevância mundial.
O reconhecimento oficial da Reserva do Caju foi feito em 2011 pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). De acordo com o decreto de 2006 que regulamenta as RPPNs, áreas como a Reserva do Caju só poderão ser utilizadas para o desenvolvimento de pesquisas científicas e visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais.
Soltura de animais
Em ações programadas, o Ibama realiza com frequência a soltura de animais silvestres apreendidos do tráfico e reabilitados em seu Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), e a Reserva do Caju é uma das Áreas de Soltura de Animais Silvestres (ASAS), propriedades rurais cadastradas pelo Ibama para que possam receber animais silvestres nativos reabilitados nos Cetas e que se encontram aptos a voltar para a natureza.
Saulo Coelho (MTb/SE 1065)
Embrapa Tabuleiros Costeiros
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