Na próxima quinta-feira (27), às 10h, no canal da Empresa no YouTube, a Rede de Socioeconomia da Agricultura da Embrapa (RSA) promoverá mais um encontro da série “Debates em Socioeconomia”, desta vez com foco em bioeconomia e economia circular. O evento será coordenado por Job Lúcio Vieira e Pedro Abel, da Assessoria de Estratégia da Embrapa (Aest), e moderado por Álvaro Dossa, analista da Embrapa Trigo. Os debatedores serão Luciano Batista, Daniel Barcelos Vargas e Carina Mendonça Pimenta, especialistas com ampla experiência nos temas de bioeconomia e economia circular. O debate promete aprofundar as interseções entre políticas públicas, inovação e estratégias sustentáveis no setor agrícola. O link para acesso está disponível abaixo: Soluções sustentáveis A bioeconomia e a economia circular são consideradas respostas inovadoras e sustentáveis aos atuais desafios ambientais, econômicos e sociais. “No contexto da produção de alimentos, insumos industriais, fibras e energia, esses conceitos oferecem abordagens operacionais que visam reduzir o desperdício, otimizar o uso de recursos naturais e promover a regeneração dos agroecossistemas onde a Embrapa atua”, diz Álvaro Dossa. A bioeconomia baseia-se no uso de recursos biológicos renováveis para a produção sustentável de alimentos, bioenergia e insumos industriais, substituindo materiais não renováveis e promovendo a valorização da biodiversidade. Já a economia circular busca eliminar desperdícios e maximizar a reutilização produtos sempre que possível, adotando práticas como reciclagem de resíduos orgânicos e bioinsumos e o reaproveitamento de subprodutos da cadeia produtiva. Benefícios e oportunidades para a agroindústria Dossa explica que a bioeconomia e a economia circular oferecem oportunidades para a agroindústria nacional em seus mais diferentes níveis e regiões. “A produção de insumos agrícolas e industriais, a produção de alimentos e a produção de energia de forma sustentável em qualquer bioma nacional, potencializam a competitividade do agro brasileiro integrando os produtores de diferentes escalas e níveis de desenvolvimento. Adotar essas práticas e sistemas pode mitigar impactos socioambientais e fortalecer sistemas alimentares mais justos, resilientes e sustentáveis, além de incrementar a renda dos produtores e demais instituições do agro. A Embrapa já atua fortemente nessa perspectiva.” O analista da Embrapa Trigo argumenta ainda que a conexão entre os conceitos de bioeconomia e economia circular permite a proposição de um sistema conhecido como bioeconomia circular. “Esse sistema maximiza a eficiência dos recursos agrícolas renováveis, minimizando o socioambiental. Práticas agrícolas do ABC+, como o Sistema Plantio Direto, são exemplos já em prática desse tipo de modelo produtivo-econômico. Esses são temas amplamente trabalhados pela Embrapa nas mais diversas culturas agrícolas.” Quem são os painelistas Luciano Batista é PhD em Administração pela Manchester Business School e atua como professor de Administração de Operações Sustentáveis na Universidade de Aston (Reino Unido), além de ser diretor fundador do CEAS – Centro de Pesquisa para Economia Circular e Sustentabilidade Avançada e consultor da Comissão Europeia para Cidades Circulares e Iniciativas Regionais. Daniel Barcelos Vargas, doutor e mestre em Direito pela Universidade de Harvard, é professor da FGV Direito Rio e especialista em direito, governo e políticas públicas, tendo ocupado cargos estratégicos no Governo Federal, como secretário de Desenvolvimento Sustentável e secretário de Ações Estratégicas na Presidência da República. Carina Mendonça Pimenta, atual secretária de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, é mestre em Desenvolvimento Social pela Universidade de Sussex e bacharel em Administração de Empresas pela FGV, acumulando vasta experiência em cargos executivos voltados à sustentabilidade.