O potencial do crescimento das pastagens cultivadas, em regiões do Estado do RS, pode ser limitado pelas recorrentes estiagens de verão (de cada dez anos, sete são caracterizados pela ocorrência de estiagem), agravadas pela ocorrência de ``La Niña``. Esses eventos constituem um obstáculo à produção agropecuária e desestabilizam a economia da região, impedindo que o produtor rural desenvolva normalmente suas atividades. Esta questão é ainda mais grave para o produtor de leite, uma vez que a redução da quantidade ou qualidade de forragem reflete diretamente na produção de diária de leite. Existem diferentes formas de enfrentamento dessa condição climática. Uma delas é a irrigação, que pode trazer benefícios ao crescimento e desenvolvimento das gramíneas em períodos de estiagem e, assim, diminui os riscos em relação à produção de forragem para a alimentação animal. Diante do exposto, o objetivo do trabalho é intensificar estudos orientados para o uso da irrigação em sistemas de produção de leite na fronteira oeste e região da campanha no RS, frente à expansão da bacia leiteira no Estado nos últimos anos, buscando avaliar o potencial de uso de forrageiras cultivadas de verão (perenes e anuais) com e sem irrigação e gerar recomendações práticas para o manejo do pastejo e da irrigação. As instituições parceiras na execução do projeto são: Embrapa Pecuária Sul, Embrapa Clima Temperado, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Universidade Federal do Mato Grosso e Universidade da Região da Campanha. Ao longo da condução do projeto ações conjuntas também terão a participação da Rede Leite.