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Manejo ecológico da vegetação natural campestre no contexto da pecuária familiar do Alto Camaquã

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Foto: GOSS, Fernando

O presente projeto objetivou fortalecer na pecuária familiar do Alto Camaquã o processo de pesquisa participativa, como uma continuidade do processo de ecologização da pecuária familiar. A base produtiva dos sistemas de produção pecuária desta região se destaca pela alta dependência dos recursos naturais e por apresentar a maior área contínua de vegetação natural no Bioma Pampa. O manejo do pastejo, assim como de roçadas, têm sido importantes instrumentos de modificação da vegetação campestre. Esses agem como distúrbios condicionadores da composição de espécies, suas interações e interferem diretamente sobre os serviços ambientais e produção de forragem. Entre as consequências do manejo do pastejo estão o impacto sobre a diversidade de espécies, potencial produtivo de forragem, resistência e resiliência de comunidades. Esta relação, no entanto, para os diversos ecossistemas campestres dos campos sulinos, ainda mais para a Serra do Sudeste do Rio Grande do Sul, ainda é pouco conhecida e principalmente, entre os manejadores, este conhecimento não é utilizado de maneira consciente. Por outro lado, a durabilidade dos ecossistemas campestres (manutenção da produção forrageira e dos serviços ambientais da flora e fauna campestres) depende da racionalização do uso da produção forrageira através da construção de estratégias de manejo voltadas a valorização dos recursos naturais e do conhecimento dos manejadores. Compreender os processos que estão relacionados nas interações da produção pecuária de base em campo nativo, revelar os padrões de resposta ao manejo do pastejo são fundamentais para a construção de estratégias duráveis de manejo da produção pecuária de base em campo nativo, principalmente em sistemas de produção de pecuária familiar onde o manejador (e família) é o agente na tomada de decisões. Uma abordagem que tem se mostrado bastante promissora no entendimento dos sistemas campestres e para a definição de estratégias de manejo é a classificação de plantas a partir de atributos morfológicos de planta. Além disto, a "simplificação" possível pela classificação a partir de atributos permite a construção de tipos fisionômicos de planta com a participação de técnicos e manejadores de campo. Aspecto fundamental para a construção de estratégias duráveis de manejo e apropriação de processos ecológicos até então complexos. Por outro lado, o manejo de ecossistemas voltado à manutenção de serviços ecossistêmicos múltiplos é a chave para a ecologia aplicada. Tipos fisionômicos tem demonstrado ser uma aproximação entre serviços ambientais e processos ecossistêmicos e potente ferramenta de manejo e controle do processo de pastejo pelos manejadores. O objetivo Geral do projeto foi construir estratégias produtivas duráveis para a pecuária familiar do Alto Camaquã, no Rio Grande do Sul. As instituições envolvidas nas atividades foram a Embrapa Pecuária Sul e a Universidade de Santa Maria.

Ecossistema: Extremo Sul

Situação: concluído Data de Início: Mon Nov 01 00:00:00 GMT-03:00 2010 Data de Finalização: Tue Sep 30 00:00:00 GMT-03:00 2014

Unidade Lider: Embrapa Pecuária Sul

Líder de projeto: Jose Pedro Pereira Trindade

Contato: jose.pereira-trindade@embrapa.br

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