A tecnologia Pasto sobre Pasto consiste no manejo de mais de uma espécie forrageira na mesma área, com ciclos e características complementares de produção. A introdução das plantas se dá sem a remoção da forrageira da estação, sobrepondo diversas curvas de produção de forragem. Dentro desse conceito, são usadas cultivares de inverno e verão em sucessão, com vistas a uma sequência contínua de produção e qualidade de forragem. A tecnologia não é um modelo pronto, desta forma precisa ser entendida, pensada e trabalhada respeitando as especificidades de cada região, propriedade e sistema de produção.

Existem inúmeras possibilidades para trabalhar o conceito Pasto sobre Pasto, utilizando forrageiras nativas, cultivadas anuais ou perenes, estivais ou hibernais para os diferentes biomas, sistemas e finalidades, visando a redução de vazios forrageiros, além de outros benefícios vinculados.

Uma das possibilidades de uso da tecnologia é através da mescla composta por: azevém (BRS Ponteio), trevo-branco (BRS URS Entrevero) e capim-sudão (BRS Estribo) em áreas úmidas ou terras baixas.

Este ativo contribui com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 (ODS 2) contido na agenda 2030, proposta pela Organização das Nações Unidas, cujo objetivo visa “garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças climáticas, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres, e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo”.

DESTAQUES

- Sistema de produção mais resiliente, por envolver mais de uma espécie forrageira (capim-sudão, azevém e trevo-branco);

- Distribuição mais ampla de forragem em termos de quantidade e qualidade durante o ano;

- Maior capacidade de suporte e melhor desempenho animal;

- Maior conservação do solo;

- Menor presença de plantas indesejáveis;

- Incorporação de nitrogênio ao sistema pela utilização do trevo-branco;

- Aplicado a alimentação de bovinos, ovinos, bubalinos, caprinos e equinos nos estados do RS, SC e PR.