Abril/2012 - 1ª semana - Região Norte

A semeadura direta não é comum em espécies arbóreas, particularmente em plantas produtoras de frutos comestíveis, pois o plantio é efetuado em campo com mudas que são preparadas antes em viveiro. No caso do bacurizeiro, no entanto, esta tecnologia apresenta-se como alernativa para a propagação da planta, pois contorna dois problemas na implantação de pomares: a sobrevivência das plantas - com aumento de 70% para 90% do tempo de sobrevivência das plantas após um ano de plantio, e o prolongamento da raiz, sem a necessidade de se realizar podas drásticas na raiz primária quando ocorrer a retirada do viveiro para o plantio em local definitivo.

Para falar sobre as vantagens da semeadura direta como alternativa para propagação do bacurizeiro, o Prosa Rural desta semana convida o pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental (Belém/PA), José Edmar Urano de Carvalho e o produtor rural de Oieras (PA), João Carlos Castro Coimbra.

Esta tecnologia consiste em semear três sementes por cova, que, em seguida, devem ser protegidas externamente por vasos sem fundo ou garrafas pet (cortadas em rodelas e sem fundo) para prevenir ataque de roedores, principalmente de cutias. Feito isso, o trabalho será somente eliminar o mato ao redor da cova. A semeadura deve ser efetuada durante a estação de chuvas, preferencialmente nos meses de fevereiro e março. Um ano após a semeadura, pelo menos uma semente terá germinado em cada cova e, de seis a oito meses após a germinação, as plantas estarão aptas para serem enxertadas.

O método de semeadura direta proporciona sobrevivência superior a 90% e, no caso de não vingamento do enxerto em determinadas plantas, existe a possibilidade de enxertá-las novamente. Outras vantagens são: melhoramento do fruto, menor custo de implantação do pomar, redução do risco de tombamento de plantas, na maioria das vezes pela ação de ventos.

Saiba mais sobre o uso da semeadura direta como alternativa para propagação do bacurizeiro ouvindo o Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

 

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