Agosto/2012 - 1ª semana - Região Norte

A extração do látex de seringueira é uma das principais fontes de renda de milhares de famílias que habitam a Amazônia brasileira. Como forma de incentivar o plantio dessa árvore, o Prosa Rural dessa semana mostra alguns procedimentos simples sobre o cultivo e métodos para evitar o ataque de pragas e doenças na seringueira.

A produção de látex pode se configurar como uma forma de diversificar a renda do agricultor familiar. Além disso, há possibilidade de formação de cultivos de seringueira intercalados com grãos, para reduzir os custos de implantação dos plantios. "Estes cultivos representam fonte alternativa de renda para o produtor, em uma mesma área. Até o quarto ano de plantio é possível manter culturas agrícolas ou espécies frutíferas, como maracujá, abacaxi e banana, nas entrelinhas das árvores, com bons resultados, sem a necessidade de alterar o espaçamento do plantio. Após este período, o sombreamento proporcionado pelas árvores e a competição entre as plantas inviabilizam esta prática", explica o pesquisador da Embrapa Acre, Rivadalve Gonçalves.

Dentre as técnicas abordadas no programa está a clonagem como alternativa para melhorar e ampliar a produção de látex e borracha: "Estamos falando de árvores mais resistentes a doenças, como o mal-das-folhas, e também mais produtivas", diz o Gonçalves.
O produtor Osmar Oliveira, em Xapuri (AC), vem conduzindo o plantio de 3.600 seringueiras, em uma área de 6,5 hectares, consorciado com feijão. "Aposto na cultura da seringueira como uma atividade rentável porque tem mercado garantido. Além dos benefícios econômicos, os plantios possibilitam o reflorestamento e adequação ambiental da área", diz. Segundo Gonçalves, os clones começam a produzir mais cedo e podem ser usados em áreas degradadas. "Outra vantagem é o fato da seringueira plantada ser uma das árvores que realiza captação de carbono da atmosfera", afirma.

Saiba mais sobre este assunto ouvindo o Prosa Rural desta semana. O Prosa Rural é o programa de rádio da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

 

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