Dezembro/2008 - 1ª semana - Regiões Norte, Semiárido e Centro-Oeste/Sudeste

Desenvolvido originalmente nos Estados Unidos, o sistema de irrigação bubbler é indicado para pequenas áreas, com até quatro hectares. O termo bubbler (que significa algo como borbulhamento, borbulhador) foi mantido quando o sistema foi adotado no Brasil, na década de 1980. Embora não seja ainda muito disseminado, sua adoção é fácil e de baixo custo. 

"O sistema funciona por energia gravitacional. Esse é seu principal diferencial. Ele não precisa de energia de bombeamento de água porque trabalha numa pressão muito baixa. Acima de um metro de coluna d'água já é possível que ele funcione" explica o pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Afrânio Montenegro, que participa do Prosa Rural desta semana. 

Para a instalação do bubbler os equipamentos necessários são, basicamente, tubos e mangueiras. Além disso, o produtor só precisa ter uma área com inclinação suficiente para mantê-lo funcionando. Como em qualquer sistema de irrigação, o produtor deve contar com a ajuda de um técnico na hora de fazer os cálculos que definem o comprimento, a espessura e a quantidade de mangueiras e tubos a serem instalados. 

Uma vez instalado o sistema, o cuidado maior que se deve ter é com entupimentos e com a correção de alguma falha nas mangueiras. Montenegro explica que, como não possui um emissor - gotejador ou microaspersor - esses entupimentos ocorrem com menor freqüência do que em outros sistemas de irrigação.
O pesquisador também ressalta que, devido à forma como o bubbler   oferece água - de forma pontual, em jatos, com uma mangueira emissora para cada planta -  ele fica restrito a culturas do tipo fruteiras ou árvores, não sendo indicado para pasto, grama ou culturas de espaçamento muito pequeno.

 

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