Prosa Rural - Produção de pimenta-de-cheiro
Novembro/2007 - 4ª semana - Região Norte
A recuperação das características originais de sabor, cheiro e coloração da tão famosa pimenta-de-cheiro paraense pode trazer de volta um dos ingredientes mais marcantes da culinária regional. A pesquisa, que vem sendo executada pela Embrapa Amazônia Oriental, envolve desde a análise da planta no campo até testes de ardência e sabor com diversos tipos de pimenta. As amostras são coletadas com o objetivo de formar uma coleção de trabalho para fins de melhoramento genético da espécie, visando a um produto final de qualidade e agradar a preferência do mercado.
De acordo com a pesquisadora Marli Poltronieri, essa pesquisa surgiu a partir da constatação de que consumidores e produtores de pimenta-de-cheiro começaram a relatar com freqüência seu "desgosto" pelo que percebiam. Além de outras características singulares, como cor e tamanho, a pimenta-de-cheiro estaria perdendo sua mais forte referência: o cheiro peculiar. "As pimentas cruzam entre si. E como não houve cuidado no sentido de isolar o material original da pimenta-de-cheiro, com os cruzamentos, ela acabou perdendo suas características originais", explica a pesquisadora.
A partir do trabalho que estão desenvolvendo, os pesquisadores esperam poder oferecer orientações aos produtores paraenses no sentido de garantir a manutenção dessas características originas da pimenta-de-cheiro. Além disso, será possível fazer indicações quanto à utilização do produto para atender às demandas do mercado - pequenas agroindústrias que visam a produção de molhos – além de melhorar o produto que chega à mesa do consumidor.
Região Norte
Izabel Cristina Drulla Brandão (MTb 1084-PR)
Embrapa Amazônia Oriental
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