Outubro/2007 - 2ª senama - Região Norte

Com o crescimento do mercado de carnes exóticas, a produção de tartarugas é um negócio que está ficando bastante lucrativo. A carne da tartaruga pode ser uma boa fonte alimentar para os brasileiros: ela tem mais que o dobro de proteínas que a carne bovina e tem baixo teor de gordura e de colesterol. Além da carne e das vísceras, que podem ser usadas em vários pratos, a gordura do animal também é usada na fabricação de cosméticos.

A criação dos animais em viveiro pode diminuir a caça às tartarugas além de proporcionar renda ao produtor da região. O custo de produção da tartaruga varia entre 4 e 5 reais por quilo e, para venda, o quilo custa entre 9 e quinze reais, dependendo do tamanho do animal inteiro. As tartarugas podem chegar a 80 centímetros de comprimento e pesar 60 quilos mas, para a venda da carne, em geral, o mercado prefere tartarugas vivas, com peso em torno de 6 quilos. Como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ainda não regulamentou a venda de carne abatida, a tartaruga é vendida viva.

Mirilete Santos, técnica da Embrapa Amazônia Ocidental que participa do Prosa Rural, explica que o primeiro passo para iniciar a criação de tartarugas é procurar o Ibama. "Qualquer pessoa interessada em desenvolver essa atividade deve se credenciar junto ao órgão, apresentando um projeto de criação de tartaruga", explica a técnica. Para um viveiro com um hectare, é necessário um investimento de cerca de 25 mil reais. "Pode parecer um investimento muito alto mas o retorno é garantido e existem vários órgãos que financiam esse tipo de projeto", esclarece Santos.

A produção de carne de tartaruga tem mercado garantido: a tartarugada, prato muito apreciado na região norte, vem sendo introduzido em restaurantes de várias capitais do país. A iguaria, de sabor exótico, costuma ser apreciada por asiáticos. Durante o programa os ouvintes vão poder conferir o depoimento de um produtor que já se dedica à atividade e ainda uma receita à base de tartaruga.

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