Prosa Rural - Uso da farinha de castanha no combate à desnutrição infantil
Março/2007 - 2ª semana - Região Norte
Originária da região Amazônica, a castanha-do-brasil é uma amêndoa oleaginosa de elevado valor energético, rica em proteínas e com grande valor biológico. O consumo de três castanhas equivale a um bife. Por estas características, o produto integra um estudo realizado na região norte com o objetivo de avaliar as possibilidades de diminuição da desnutrição infantil a partir da inclusão de produtos típicos da região na dieta das crianças. O projeto vem apresentando alguns resultados positivos.
A Embrapa Acre vem desenvolvendo estudos sobre produtos derivados desta amêndoa, entre os quais se destaca a farinha de castanha. Durante o programa, a pesquisadora Joana Maria Leite fala sobre os valores nutricionais e as vantagens do consumo da farinha de castanha, que pode pode ser obtida de forma manual ou industrial. Para produzir a farinha de forma manual é necessário torrar a castanha por cerca de quinze minutos, até conseguir um aspecto crocante. Depois de torrar, basta triturar a castanha e colocá-la na geladeira, podendo ser utilizada de 7 a 10 dias. A farinha industrializada é obtida mecanicamente e tem vida útil de até um ano.
Esta farinha pode ser utilizada na fabricação de pães e diversas receitas doces e salgadas, substituindo, por exemplo, produtos que levam coco ou leite de coco. O aconselhável é que se substitua entre 10 e 20% de outros tipos de farinha pela farinha de castanha. "A farinha de castanha-do-brasil tem mais proteínas do que a farinha de trigo", afirma a pesquisadora Joana Silva. "Além de ser rica em proteínas e outros minerais, a castanha é bastante rica em selênio, um importante antioxidante, substância que combate os radicais livres, que causam o envelhecimento precoce", acresenta.
Região Norte
Mauricília Pereira da Silva
Embrapa Acre
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