Sanidade

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Alice Andrioli Pinheiro - Embrapa Caprinos e Ovinos

Luiz da Silva Vieira - Embrapa Caprinos e Ovinos

Francisco Selmo Fernandes Alves - Embrapa Caprinos e Ovinos

Raymundo Rizaldo Pinheiro - Embrapa Caprinos e Ovinos

Antônio Cézar Rocha Cavalcante - Consultor autônomo

 

A moderna produção pecuária deve ser fundamentada na exploração animal em condições de bem estar, com alta produtividade, visando o atendimento das necessidades humanas. É essencial o conhecimento de fatores que interferem na saúde animal, destacando-se entre eles: instalações, alimentação e manejo.

O estado sanitário das criações de ovinos, juntamente com a ausência ou uso inadequado de tecnologias, constituem as bases responsáveis pelas causas de baixa produção e rentabilidade desta atividade em diferentes regiões do País. As doenças afetam diretamente a produtividade desses ruminantes, seja por perdas ocasionadas por  distúrbios nas condições fisiológicas dos animais, acarretando alta incidência de morbidade, ou devido a mortalidade e abortos. Estes fatores estão diretamente relacionados a perdas ou redução no ganho de peso, queda na produção de leite, má qualidade dos produtos e baixo rendimento de carcaças e, indiretamente, com a necessidade de contratação de mão de obra capacitada, custos com tratamentos, baixo preço final de venda dos animais e/ou seus produtos, devendo-se este último fator às restrições impostas pelas próprias barreiras comerciais existentes.

O manejo sanitário inadequado, não só afeta a saúde dos animais, como também dificulta o manejo reprodutivo, nutricional e, inclusive,  os trabalhos de melhoramento genético que possam estar sendo adotados, demonstrando dessa forma a relação existente entre gravidade e a incidência de doenças, determinando as mais importantes causas de queda na produtividade dos rebanhos. A gestão sanitária dos rebanhos ovinos deve priorizar a promoção da saúde, a prevenção das doenças, a segurança e a qualidade dos produtos e derivados, ao invés das ações curativas.

A complexidade das doenças, os vetores, o ambiente e as novas formas de transmissão e sintomas das enfermidades em animais, levam preocupações, e ao mesmo tempo, desafios a pesquisadores, técnicos e produtores, no sentido da busca de novos conhecimentos e inovação, modelos de diagnósticos e métodos de controle das doenças.