As doenças bacterianas afetam negativamente a produtividade dos ovinos em qualquer sistema agropecuário, pela morbidade ou devido aos índices de abortos e de mortalidade. A incidência das bacterioses está relacionada à influência do ambiente, à presença de hospedeiros e vetores, ao aumento da flora natural do indivíduo por diminuição das defesas orgânicas, por mudanças de alimentação brusca e em demasia e pela falta de um programa sanitário integrado de prevenção e controle.

O potencial de disseminação das bacterioses sobre a espécie ovina e humana (zoonoses) é fator de elevada importância e preocupação das autoridades veterinárias e da saúde pública. A luta contra zoonoses e doenças de origem alimentar, a proteção do bem-estar dos animais e os procedimentos de reconhecimento do status sanitário de regiões, estados e municípios indenes de doenças. Desta forma a adoção de um programa integrado sanitário de enfermidades, medidas de controle geral e específico por categoria animal e a maior atuação das barreiras sanitárias são de vital importância para a economia de um País.

Vários patógenos foram isolados e identificados em pequenos ruminantes dentre eles Chlamydia sp, Brucella ovis e B. melitensis, Campylobacter sp, Leptospira sp, Mycoplasma mycoides, Mycoplasma agalactiae, Salmonella abortus ovis, dentre outros. Estudos têm evidenciado o aparecimento de casos de doenças de uma forma em geral em ovinos, demonstrando o consequente risco de disseminação dos microrganismos para os rebanhos considerando o aumento atual na demanda e comércio destes animais, a qual está ocorrendo sem nenhuma fiscalização sanitária adequada.