Feijão-Caupi
Brancão
Autor
Maurisrael de Moura Rocha - Embrapa Meio-Norte
Cultivares do tipo comercial Brancão
Cultivares com grãos de cor branca, rugoso, sem halo e relativamente grandes (Figura 1).
Foto: Francisco Rodrigues Freire Filho. | ||
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Figura 1. Tipo comercial brancão. |
Histórico das cultivares do tipo comercial Brancão
BR 3 (Tracuateua) Purificada
A cultivar BR 3 Tracuateua Purificada, lançada comercialmente para o Estado do Pará, tem hábito de crescimento indeterminado, porte prostrado, ciclo de maturação de 65 a 70 dias, peso médio de 100 grãos de 28 g, grãos de cor branca, teores de proteínas e carboidratos de 25,84 % e 58,73 %, respectivamente, moderada resistência ao vírus-do-mosaico-severo-do-feijão-caupi e, no campo, ao vírus-do-mosaico-dourado-do-feijão-caupi; suscetibilidade ao vírus-do-mosaico-do-feijão-caupi, transmitido por pulgão, à mela, ao oídio e à mancha-café; pouca tolerância à seca e moderada tolerância a altas temperaturas. Pertence à classe comercial Branca, subclasse Brancão e apresentou, em condições experimentais, uma produtividade média de grãos de 1.435 kg ha-1, em regime de sequeiro.
BRS Mazagão
A cultivar BRS Mazagão, lançada comercialmente para os estados do Amapá (AP) e Piauí (PI), tem hábito de crescimento determinado, ramos curtos, porte semiereto, ciclo de maturação de 65 dias, peso médio de 100 grãos de 15 g, grãos de cor branca, alta resistência ao vírus-do-mosaico-do-feijão-caupi, transmitido por pulgão; imunidade ao vírus-do-mosaico-do-pepino, no campo; resistência ao vírus-do-mosaico-dourado-do-feijão-caupi e suscetibilidade ao vírus-do-mosaico-severo-do-feijão-caupi. Pertence à classe comercial Branca, subclasse Brancão e apresentou, em condições experimentais, uma produtividade média de grãos de 1.198 kg ha-1 (AP) e 788 kg ha-1 (PI), em regime de sequeiro e de 1.895 kg ha-1 (PI), em irrigado.
Monteiro
A cultivar Monteiro, lançada comercialmente para as microrregiões do Baixo Parnaíba Piauiense e Teresina, tem hábito de crescimento indeterminado, porte semiprostrado, entre-nós curtos, ramos pouco desenvolvidos, ciclo de maturação de 70 a 75 dias, peso médio de 100 grãos de 28,4 g, grãos de cor branca. No campo, mostrou moderada resistência ao vírus-do-mosaico-do-feijão-caupi, transmitido por pulgão e ao vírus-do-mosaico-severo-do-feijão-caupi e suscetibilidade ao vírus-do-mosaico-dourado-do-feijão-caupi, à cigarrinha, ao pulgão e a mosca branca. Pertence à classe comercial Branca, subclasse Brancão. Apresentou, em condições experimentais, uma produtividade média de grãos de 476 kg ha-1, em regime de sequeiro e de 2.071 kg ha-1, em irrigado.
BRS Milênio
A cultivar BRS Milênio, lançada comercialmente para a região Bragantina do Pará, tem hábito de crescimento indeterminado, porte semiprostrado, inserção das vagens acima da folhagem, ciclo de maturação de 70 a 75 dias, vagem roxa, peso médio de 100 grãos de 22,8 g, grãos de cor branca, com hilo de cor preta, teores de proteínas e carboidratos nos grãos de 24,29 % e 60,36 %, respectivamente. No campo, mostrou moderada resistência ao vírus-do-mosaico-dourado-do-feijão-caupi e à mancha-café e suscetibilidade ao vírus-do-mosaico-severo-do-feijão-caupi, ao vírus-do-mosaico-do-feijão-caupi, transmitido por pulgão, à mela (Rhizoctonia solani) e ao oídio e tolerância à seca e a altas temperaturas. Pertence à classe comercial Branca, subclasse Brancão e apresentou, em condições experimentais, uma produtividade média de grãos de 1.399,4 kg ha-1, em regime de sequeiro.
BRS Urubuquara
A cultivar BRS Urubuquara, lançada comercialmente para a região Bragantina, tem hábito de crescimento indeterminado, porte semiprostrado, inserção das vagens acima da folhagem, ciclo de maturação de 70 a 75 dias, peso médio de 100 grãos de 22,1 g, grãos de cor branca, com anel do hilo de cor marrom, teores de proteínas e carboidratos nos grãos de 25,23 % e 56,65 %, respectivamente. Suscetibilidade aos vírus-do-mosaico-dourado-do-feijão-caupi, vírus-do-mosaico-severo-do-feijão-caupi, vírus-do-mosaico-do-feijão-caupi, transmitido por pulgão, ao oídio e à mela; moderada resistência à mancha-café e tolerância à seca e a altas temperaturas. Pertence à classe comercial Branca, subclasse Brancão e apresentou, em condições experimentais, uma produtividade média de grãos de 1.276,8 kg ha-1, em regime de sequeiro.
BRS Novaera
A cultivar BRS Novaera, lançada comercialmente para os estados do Pará, Roraima, Amapá, Rondônia e Amazonas (Norte); Maranhão e Rio Grande do Norte (Nordeste); e Mato Grosso do Sul (Centro-Oeste), tem hábito de crescimento indeterminado, ramos curtos, porte semiereto, ciclo de maturação de 65 a 70 dias, peso de 100 grãos de 20 g, grãos de cor branca; resistência à mancha-café (Colletotricum truncatum), ao vírus-do-mosaico-dourado-do-feijão-caupi, no campo; suscetibilidade ao vírus-do-mosaico-severo-do-feijão-caupi, virus-do-mosaico-do-feijão-caupi, transmitido por pulgão, à mela (Rhizoctonia solani) e ao oídio (Erysiphe polygoni). Pertence à classe comercial Branca, subclasse Brancão e apresentou, em condições experimentais, uma produtividade média de grãos de 1.123,2 kg ha-1 em regime de sequeiro.