Vírus-do-mosaico-severo-do-feijão-caupi (CPSMV)
 

Plantas jovens de feijão-caupi são muito suscetíveis e quando são infectadas por vírus, apresentam redução drástica em todas as suas partes, necrose na extremidade superior do caule, morte dos brotos terminais e queda prematura das folhas. Em estádios mais avançados, produz redução do tamanho das plantas, clareamento e necrose das nervuras, mosaico intenso, formação de bolhas e deformação do limbo (Figura 1).

O vírus-do-mosaico-severo-do-feijão-caupi é transmitido eficientemente para áreas cultivadas por várias espécies de besouros, destacando-se o Cerotoma arcuata como a mais importante em nossas condições, não sendo transmitido por sementes. As sementes obtidas de plantas infectadas apresentam-se sempre chochas, com manchas de coloração marrom e com acentuada redução da porcentagem de germinação.

Em virtude da ocorrência severa e permanente dessa virose em toda a região, a melhor forma de controle a ser adotada é o emprego de cultivares resistentes ou imunes aos vírus, combate aos insetos vetores por monitoramento na época de plantio e eliminação das hospedeiras silvestres.

O comportamento dessas cultivares, em relação à resistência a essa virose, está descrito juntamente com as características dos diferentes tipos comerciais de cultivares.

Vírus-do-mosaico-do-feijão-caupi transmitido por afídeo (CABMV)
 

Os sintomas mais comuns são mosaico intenso do limbo foliar, formado por áreas amareladas em altenância com áreas de verde normal, faixas verdes nas nervuras, distorção das folhas e redução do porte da planta quando severamente infectada (Figura 2).

O vírus é transmitido eficientemente por várias espécies de pulgão como Aphis cracivora e Myzus persicae ou internamente pela semente.

As principais medidas de controle dos vírus utilizados para reduzir as perdas na produtividade são: o emprego de cultivares resistentes, o uso de sementes sadias e a eliminação de plantas hospedeiras do vírus.

Como medidas complementares, pode ser adotado o controle sistemático do inseto vetor ou o plantio em época de baixa população de vetor. Como o vírus é transmitido de maneira não persistente, recomenda-se o uso de barreiras vivas que consistem em proteger a cultura com algumas fileiras adensadas de milho ou sorgo plantadas 15 dias antes do plantio do feijão-caupi.

Vírus-do-mosaico-do-pepino (CMV)
 

Apresenta sintomas de mosaico leve e manchas anelares sistêmicas em algumas cultivares suscetíveis. Apesar de não causar sérios problemas para a cultura quando se manifesta isoladamente e não ocasione significante redução no crescimento e no desenvolvimento de plantas infectadas, o CMV é considerado problema em potencial por possuir ampla gama de cultivares suscetíveis e interagir de maneira combinada com outros potyvirus. Quando em junção com outros potyvirus, podem surgir sintomas do tipo faixa verde das nervuras, intensa distorção foliar e até nanismo.

Em condições naturais o vírus é transmitido por pulgões e por sementes de plantas infectadas.  

Por causa da severidade dessa doença quando em associação com outros potyvirus as medidas de controle indicadas para o referido grupo mostram-se importante. Medidas complementares como controle de afídeos vetores e emprego de sementes certificadas também podem ser empregadas.

Mosaico-dourado-do-feijão-caupi (CGMV)

As plantas infectadas apresentam mosaico amarelo-brilhante (Figura 3). Em cultivares suscetíveis, observa-se redução do porte das plantas se a infecção ocorrer no estádio de plântula.

O vírus-do-mosaico-dourado-do-feijão-caupi é transmitido pela mosca-branca, Bemisia tabaci, e não pela semente. Para o controle da doença recomenda-se o emprego de cultivares resistentes ou tolerantes ao virus.