Milho
Colheita e Pós-colheita
Autores
Marcos José de Oliveira Fonseca - Embrapa Tecnologia de Alimentos
Evandro Chartuni Mantovani - Embrapa Milho e Sorgo
Jamilton Pereira dos Santos
O agricultor deve integrar a colheita ao sistema de produção e planejar todas as fases para que o grão colhido apresente bom padrão de qualidade. Nesse sentido, várias etapas, desde a implantação da cultura até o transporte, passando pelas fases de secagem e armazenamento dos grãos, têm que estar diretamente relacionadas.
Para um melhor escoamento da safra depois de colhida, alguns aspectos devem ser levados em consideração, desde o planejamento de instalação. Em um sistema de produção em que, por exemplo, o milho vai começar a ser colhido com o teor de umidade superior a 13%, alguns pontos decisivos devem ser destacados:
- área total plantada e data de plantio de cada gleba;
- produtividade de cada gleba;
- número de dias disponíveis para a colheita;
- número de colhedoras;
- distância entre os silos e as glebas;
- número de carretas graneleiras;
- velocidade da colheita;
- número de horas de colheita/dia;
- teor de umidade do grão;
- capacidade do secador; e
- capacidade do silo de armazenamento.
Um lote de grãos armazenados é um material sujeito às transformações, deteriorações e perdas devido a interações entre os fenômenos físicos, químicos e biológicos. Exercem grande influência nesse ambiente os fatores temperatura, umidade, disponibilidade de oxigênio, microorganismos, insetos, roedores e pássaros. Nesse aspecto, cuidados especiais devem ser tomados na secagem e armazenamento.
São várias as pragas de grãos armazenados que se alimentam dos grãos de milho, porém o gorgulho ou caruncho, Sitophilus zeamais, e a traça-dos-cereais, Sitotroga cerearella, são as responsáveis pela maior parte das perdas.