Ageitec
Milho
Pragas e doenças
Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021
Autores
Carlos Roberto Casela
Simone Martins Mendes - Embrapa Milho e Sorgo
Paulo Afonso Viana - Embrapa Milho e Sorgo
Luciano Viana Cota - Embrapa Milho e Sorgo
Décio Karam - Embrapa Milho e Sorgo
Rodrigo Veras da Costa - Embrapa Milho e Sorgo
Ivan Cruz - Embrapa Milho e Sorgo
A cultura do milho, muito diferentemente de várias outras como arroz, feijão, soja e sorgo, é cultivada com um número relativamente pequeno de plantas por unidade de área. Em virtude disso, a contribuição de uma planta para a composição final dos rendimentos de grãos é maior. Ou seja, a perda de plantas, seja de forma total ou parcial, em relação a uma perda de igual número nos outros cultivos referidos, causa prejuízo maior à produção. Portanto, a plantabilidade e a manutenção do número de plantas até a colheita é extremamente desejável.
A garantia da manutenção do número de plantas começa antes do plantio, através da escolha de sementes de qualidade, especialmente no se refere ao seu vigor e germinação. Sementes com elevado padrão de qualidade permitirão uma boa plantabilidade. O ajuste adequado nos implementos e nos insumos associados deve ser rigoroso. Os fatores bióticos também devem ser considerados e apropriadamente manejados para se obter e manter as condições ótimas para se alcançar bons rendimentos.
A ocorrência de doenças e insetos-praga, de forma conjunta ou individual, pode afetar significativamente o potencial produtivo da planta de milho. Os insetos-praga, em especial, podem afetar de maneira total ou parcial esse potencial produtivo. É possível encontrar em determinada região ou em determinado ano agrícola, a presença de espécies de pragas que têm a capacidade de reduzir o número ideal de plantas, seja por danificar e matar a semente logo após o plantio ou a plântula antes ou após a emergência. A planta também pode ser morta pelo efeito sinérgico do ataque dos insetos-praga e por meio da competição com outros fatores, como plantas daninhas, doenças ou estresses abióticos, como a escassez de água, por exemplo.
Em função da espécies de insetos e da época de ataque, pode não ocorrer a morte da planta e sim uma redução parcial de sua capacidade de produção. No entanto, como pode haver ataques por mais de uma espécie, o somatório das perdas pode atingir valores significativos a ponto de comprometer a rentabilidade do agronegócio. O manejo de insetos-praga e doenças tem sido considerado fator fundamental para reduzir as perdas, levando em consideração não só os aspectos econômicos, mas também os aspectos ambientais, notadamente quando ainda se considera a utilização de produtos químicos como parte das táticas do manejo.