Pragas da Fase Inicial

Conteúdo migrado na íntegra em: 08/12/2021

Autores

Paulo Afonso Viana - Embrapa Milho e Sorgo

Ivan Cruz - Embrapa Milho e Sorgo

José Magid Waquil

 

Várias espécies de insetos atacam as sementes, raízes e plântulas (plantas jovens) do milho após a semeadura. Como consequência do ataque, há reduções no número de plantas na área cultivada e no potencial produtivo da lavoura.

Por serem de hábito subterrâneo ou superficiais, na maioria das vezes, tais espécies de pragas passam despercebidas pelo agricultor e não são controladas de maneira eficiente. A importância desses insetos varia de acordo com o local, ano e sistema de cultivo. As principais espécies, sua importância para a cultura, sintomas de danos e métodos de controle disponíveis são descritos a seguir:

 

Pragas que atacam sementes e raízes

Larva-alfinete (Diabrotica spp.)

Importância econômica

No Brasil, a espécie predominante é a D. speciosa, cujos adultos (Figura 1) alimentam-se das folhas de hortaliças, feijoeiro, soja, girassol, bananeira, algodoeiro e milho. As larvas atacam as raízes do milho e tubérculos de batata. O prejuízo causado por essa larva tem sido expressivo nos estados do Sul e em algumas áreas das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

 

 

Figura 1. Adulto da vaquinha, Diabrotica speciosa

Foto: Ivan Cruz

 

Sintomas de danos

A larva alimenta-se das raízes do milho (Figura 2), interferindo na absorção de nutrientes e água e reduzindo a sustentação da planta. O ataque ocasiona o acamamento das plantas em situações de ventos fortes e de alta precipitação pluviométrica. Mais de 3,5 larvas por planta são suficientes para causar danos ao sistema radicular (sistema composto pelas raízes).

 

Figura 2. Larva da vaquinha, D. speciosa, em raízes de milho

 Foto: Ivan Cruz

Métodos de controle

No Brasil, o controle específico dessa larva é pouco realizado na cultura do milho. Quando realizado, é baseado quase que exclusivamente no emprego de inseticidas químicos (Tabela 1), aplicados via tratamento de sementes, granulados ou pulverizados no sulco de plantio. Excesso e baixa umidade do solo são desfavoráveis à larva. O método de preparo do solo influencia a população desse inseto. A ocorrência da larva é maior em sistemas de plantio direto do que em plantios convencionais. Os agentes de controle biológico mais eficientes são através dos seguintes inimigos naturais: Celatoria bosqi, Centistes gasseni e dos fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae.

Tabela 1. Inseticidas registrados para o controle de insetos-praga na cultura do milho. 2002

Praga

Ingrediente ativo

Nome comercial

Form.

C.TOX.

Dose (p.c./ha)

Fabricante

Agrotis ipsilon

carbaryl

Carbaryl Fersol 480 SC

SC

II

2,0 - 3,0 l

Fersol

 

 

Carbaryl Fersol Pó 75

DP

III

15,0 - 20,0 kg

Fersol

 

carbofuran

Furadan 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Ralzer 350 SC

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

Fersol

 

terbufos

Counter 150 G

GR

I

13,0 kg

Basf

 

 

Counter 50 G

GR

I

40,0 kg

Basf

 

chlorpyrifos

Lorsban 480 BR

EC

II

1,0 l

Dow AgroSciences

 

 

Vexter

EC

II

1,0 l

Dow AgroSciences

 

cypermethrin

Galgotrin

EC

II

0,06 l

Chemotécnica Sintyal

 

lambdacyhalothrin

Karate Zeon 250 CS

CS

III

0,01 l

Syngenta

 

permethrin

Pounce 384 CE

EC

II

0,01 - 0,013 l

FMC

Astylus variegatus

carbofuran

Furadan 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg

sem.

Cornitermes snyderi

carbofuran

Furadan 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Furazin 310 TS

SC

I

2,25 l/100 kg sem.

FMC

 

carbosulfan

Marshal TS

SC

II

2,0 - 2,8 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Marzinc 250 TS

DS

II

2,0 kg/100 kg sem.

FMC

Daubulus maidis

imidaclorprid

Gaucho FS

SC

IV

0,8 l

Bayer

 

thiomethoxan

Cruiser

DP

III

0,15 - 0,2 kg/100 kg sem.

Syngenta

Deois flavopicta

carbofuran

Diafuran 50

GR

I

20,0 kg

Hokko

 

carbosulfan

Marshal TS

FS

II

2,4 - 2,8 l/100 kg sem.

FMC

 

imidacloprid

Gaucho FS

FS

IV

0,6 l/100 kg sem.

Bayer

 

thiamethoxan

Cruiser 700 WS

WS

III

0,15 - 0,20 kg/100 kg sem.

Syngenta

 

thiodicarb

Semevin 350

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

Diabrotica speciosa

chlorpyrifos

Astro

EW

III

2,6 l

Bayer

 

 

Lorsban 10 G

GR

IV

11,0 kg

Dow AgroSciences

 

 

Sabre

EW

III

2,6 l

Dow AgroSciences

 

fipronil

Regente 800 WG

WG

II

0,1 kg

Aventis

 

imidacloprid

Gaucho

WP

IV

0,7 kg/100 kg sem.

Bayer

 

phorate

Granutox 150 G

GR

II

17 kg

Basf

 

terbufos

Counter 50 G

GR

I

40 kg

Basf

 

 

Counter 150 G

GR

I

13 kg

Basf

Dichelops furcatus

imidacloprid

Gaucho FS

SC

IV

0,35 l/100 kg sem.

Bayer

 

thiamethoxan

Cruiser 700 WS

DP

III

0,3 kg/100 kg sem.

Syngenta

Diloboderus abderus

thiodicarb

Futur 300

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

 

 

Semevin 350

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

Elasmopalpus lignosellus

carbaryl

Carbaryl Fersol 480 SC

SC

II

2,0 - 2,3 l

Fersol

 

 

Carbaryl Fersol Pó 75

DP

III

15,0 - 20,0 kg

Fersol

 

 

Sevin 480 SC

SC

II

1,9 - 2,25 l

Aventis

 

carbofuran

Carbofuran Sanachem 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

Dow AgroSciences

 

 

Carboran Fersol 350 SC

SC

I

2,0 l/100 kg sem.

Fersol

 

 

Diafuran 50

GR

I

30 kg

Hokko

 

 

Furandan 350 SC

SC

I

3,0 - 4,0 l

FMC

 

 

Furadan 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Furadan 50 G

GR

III

30,0 kg

FMC

 

 

Furazin 310 TS

SC

I

2,25 l/100 kg sem

FMC

 

 

Ralzer 350 SC

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

Fersol

 

 

Ralzer 50 GR

GR

I

30,0 kg

Fersol

 

carbosulfan

Marshal TS

SC

II

2,4 - 2,8 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Marzinc 250 TS

DP

II

2,0 kg/100 kg sem.

FMC

 

chlorpyrifos

Lorsban 480 BR

EC

II

1,0 l

Dow AgroSciences

 

 

Vexter

EC

II

1,0 l

Dow AgroSciences

 

furathiocarb

Promet 400 CS

SL

III

1,6 l/100 kg sem.

Syngenta

 

thiodicarb

Futur 300

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

 

 

Semevin 350

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

Frankliniella williamsi

imidacloprid

Gaucho FS

SC

IV

0,8 l/100 kg sem.

Bayer

Helicoverpa zea

carbaryl

Carbaryl Fersol 480 SC

SC

II

2,0 - 2,3 l

Fersol

 

 

Carbaryl Fersol Pó 75

DP

III

15,0 - 20,0 kg

Fersol

 

 

Sevin 480 SC

SC

II

1,90 - 2,25 l

Aventis

 

parathion-methyl

Bravik 600 CE

EC

I

0,45 - 0,67 l

Action

 

trichlorphon

Dipterex 500

SL

II

0,8 - 2,0 l

Bayer

 

 

Trichorfon 500 Milena

SL

II

1,0 - 2,0 l

Milenia

Mocis latipes

carbaryl

Carbaryl Fersol 480 SC

SC

II

2,0 - 2,3 l

Fersol

 

 

Carbaryl Fersol Pó 75

PD

III

15,0 - 20,0 kg

Fersol

 

 

Sevin 480 SC

SC

II

1,9 - 2,,25 l

Aventis

 

chlorpyrifos

Lorsban 480 BR

EC

II

0,6 l

Dow AgroSciences

 

 

Vexter

EC

II

0,6 l

Dow AgroSciences

 

malathion

Malathion 500 CE Sultox

EC

III

2,5 l

Action

 

parathion-methyl

Bravik 600 CE

EC

I

0,45 - 0,675 l

Action

 

 

Folisuper 600 BR

EC

I

0,25 - 0,65 l

Agripec

 

trichlorphon

Dipterex 500

SL

II

0,8 - 2,0 l

Bayer

 

 

Triclorfon 500 Milenia

SL

II

1,0 - 2,0 l

Milenia

Procornitermes triacifer

benfuracarb

Laser 400 SC

SC

II

1,75 - 2,5 l/100 kg sem.

Iharabras

 

 

Oncol Sipcam

SC

II

1,75 - 2,5 l/100 kg sem.

Sipcam

 

carbofuran

Furadan 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Furazin 310 TS

SC

I

2,25 l/100 kg sem.

FMC

 

carbosulfan

Marshal TS

SC

II

2,0 - 2,8 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Marzinc 250 TS

DS

II

2,0 kg/100 kg sem.

FMC

 

imidacloprid

Gaucho FS

FS

IV

0,25 l/100 kg sem.

Bayer

 

terbufos

Counter 50 G

GR

I

40 kg

Basf

 

 

Counter 150 G

GR

I

13 kg

Basf

Rhopalosiphum maidis

imidacloprid

Gaucho FS

SC

IV

0,8 l/100 kg sem.

Bayer

Scaptocoris castanea

terbufos

Counter 50 G

GR

I

40 kg

Basf

 

 

Counter 150 G

GR

I

13 kg

Basf

Spodoptera frugiperda

alpha-cypermethrin

Fastac 100 SC

SC

III

0,05 l

Basf

 

beta-cyfluthrin

Bulldock 125 SC

SC

II

0,04 l

Bayer

 

 

Full

EC

II

0,1 l

Bayer

 

 

Novapir

EC

II

0,1 l

Cheminova

 

 

Turbo

EC

II

0,1 l

Bayer

 

carbaryl

Carbaryl Fersol 480 SC

SC

II

2,0 - 2,3 l

Fersol

 

 

Carbaryl Fersol Pó 75

DP

III

15,0 - 20,0 kg

Fersol Ltda.

 

 

Sevin 480 SC

SC

II

1,9 - 2,25 l

Aventis

 

carbofuran

Carbofuran Sanachem 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l

Dow AgroSciences

 

 

Carboran Fersol 350 SC

SC

I

2,0 kg/100 kg sem.

Fersol

 

 

Diafuran 50

GR

I

20,0 - 30,0 kg

Hokko

 

 

Furadan 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Furadan 50 G

GR

III

20,0 - 30,0 kg

FMC

 

 

Ralzer 350 SC

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

Fersol

 

 

Ralzer 50 GR

GR

I

20,0 - 30,0 kg

Fersol

 

chlorfenapyr

Pirate

SC

III

0,5 - 0,75 l

Basf

 

chlorfluazuron

Atabron 50 CE

EC

I

0,15 - 0,3 l

Ishihara

 

chlorpyrifos

Astro

EW

III

0,3 - 0,5 l

Bayer

 

 

Clorpirifós Fersol 480 CE

EC

II

0,4 - 0,6 l

Fersol

 

 

Clorpirifos Sanachem 480 CE

EC

I

0,4 - 0,6 l

Dow AgroSciences

 

 

Klorpan 480 CE

EC

II

0,4 - 0,6 l

Agripec

 

 

Lorsban 480 BR

EC

II

0,4 - 0,6 l

Dow AgroSciences

 

 

Nufos 480 CE

EC

III

0,4 - 0,6 l

Cheminova

 

 

Pyrinex 480 CE

EC

II

0,4 l

Agricur

 

 

Sabre

EW

III

0,3 - 0,5 l

Dow AgroSciences

 

 

Vexter

EC

II

0,4 - 0,6 l

Dow AgroSciences

 

cyfluthrin

Baytroid CE

EC

III

0,3 l

Bayer

 

cypermethrin

Arrivo 200 CE

EC

III

0,05 - 0,08 l

FMC

 

 

Cipermetrina Nortox 250 CE

EC

I

0,04 - 0,065 l

Nortox

 

 

Cipertrin

EC

II

0,05 - 0,06 l

Prentiss

 

 

Commanche 200 CE

EC

III

0,05 - 0,06 l

FMC

 

 

Cyptrin 250 CE

EC

I

0,05 - 0,06 l

Agripec

 

 

Galgotrin

EC

II

0,05 l

Chemotécnica Sintyal

 

 

Ripcord 100

EC

II

0,1 l

Basf

 

deltamethrin

Decis 25 CE

EC

III

0,2 l

Aventis

 

 

Decis 4 UBV

UL

III

1,3 - 2,0 l

Aventis

 

 

Decis 50 SC

SC

IV

0,05 - 0,075 l

Aventis

 

 

Decis Ultra 100 CE

EC

I

0,04 - 0,05 l

Aventis

 

 

Keshet 25 CE

EC

I

0,2 l

Agricur

 

deltamethrin + triazophos

Deltaphos

EC

I

0,25 - 0,35 l

Aventis

 

diflubenzuron

Dimilin

WP

IV

0,1 kg

Uniroyal

 

enxofre

Kumulus DF

WG

IV

1,0 kg

Basf

 

esfenvalerate

Sumidan 25 CE

EC

I

0,6 - 0,8 l

Sumitomo

 

etofenprox

Trebon 300 CE

EC

III

0,07 - 0,1 l

Sipcam

 

fenitrothion

Sumibase 500 CE

EC

II

1,0 - 2,0 l

Sumitomo

 

 

Sumithion 500 CE

EC

II

1,0 - 1,5 l

Sumitomo

 

fenpropathrin

Danimen 300 CE

EC

I

0,1 - 0,12 l

Sumitomo

 

furathiocarb

Promet 400 CS

SL

III

1,6 l/100 kg sem.

Syngenta

 

lambda-cyhalothrin

Karate 50 CE

EC

II

0,15 l

Syngenta

 

 

Karate Zeon 250 CS

CS

III

0,03 l

Syngenta

 

 

Karate Zeon 50 CS

CS

III

0,15 l

Syngenta

 

lufenuron

Match CE

EC

IV

0,3 l

Syngenta

 

malathion

Malathion 500 CE Sultox

EC

III

2,5 l

Action

 

methomyl

Lannate BR

SL

I

0,6 l

Du Pont

 

 

Lannate Express

SL

II

0,6 l

Du Pont

 

 

Methomex 215 LS

SL

II

0,6 l

Agricur

 

methoxyfenozide

Intrepid 240 SC

SC

IV

0,15 - 0,18 l

Dow AgroSciences

 

 

Valient

SC

IV

0,15 - 0,18 l

Bayer

 

monocrotophos

Agrophos 400

SL

I

0,6 - 0,9 l

Agripec

 

novaluron

Gallaxy 100 CE

EC

IV

0,15 l

Agricur

 

 

Rimon 100 CE

EC

IV

0,15 l

Agricur

 

parathion-methyl

Bravik 600 CE

EC

I

0,45 - 0,675 l

Action

 

 

Folidol 600

EC

II

0,45 - 0,675 l

Bayer

 

 

Folidol ME

CS

III

0,7 l

Bayer

 

 

Folisuper 600 BR

EC

I

0,25 - 0,65 l

Agripec

 

 

Mentox 600 CE

EC

II

0,65 l

Prentiss

 

 

Paracap 450 MCS

CS

III

0,7 l

Cheminova

 

 

Parathion Metílico Pikapau

DP

I

0,65 l

Químicas São Vicente

 

permethrin

Ambush 500 CE

EC

II

0,05 l

Syngenta

 

 

Corsair 500 CE

EC

II

0,1 l

Aventis

 

 

Permetrina Fersol 384 CE

EC

I

0,1 - 0,13 l

Fersol

 

 

Piredan

EC

II

0,065 l

Du Pont

 

 

Pounce 384 CE

EC

II

0,065 l

FMC

 

 

Talcord 250 CE

EC

II

0,1 l

Basf

 

 

Valon 384 CE

EC

II

0,065 l

Dow AgroSciences

 

profenofos

Curacron 500

EC

III

0,5 l

Syngenta

 

pyridaphenthion

Ofunack 400 CE

EC

III

0,5 l

Sipcam

 

spinosad

Credence

SC

III

0,037 - 0,1 l

Dow AgroSciences

 

 

Tracer

SC

III

0,037 - 0,1 l

Dow AgroSciences

 

tebufenozide

Mimic 240 SC

SC

IV

0,3 l

Dow AgroSciences

 

thiodicarb

Futur 300

SC

III

2,0 l /100 kg sem.

Aventis

 

thiodicarb

Futur 300

SC

III

2,0 l /100 kg sem.

Aventis

 

 

Larvin 800 WG

WG

II

0,1 - 0,15 l

Aventis

 

 

Semevin 350

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

 

triazophos

Hostathion 400 BR

EC

I

0,3 - 0,5 l

Aventis

 

trichlorphon

Dipterex 500

SL

II

0,8 - 2,0 l

Bayer

 

 

Triclorfon 500 Milena

SL

II

1,0 - 2,0 l

Milenia

 

triflumuron

Alsystin 250 PM

WP

IV

0,1 kg

Bayer

 

 

Alsystin 480 SC

SC

IV

0,05 l

Bayer

 

 

Brigadier

WP

II

0,1 kg

Bayer

 

 

Certero

SC

IV

0,05 l

Bayer

 

 

Rigel

SC

IV

0,05 l

Cheminova

 

zeta-cypermethrin

Fury 180 EW

EW

II

0,04 l

FMC

 

 

Fury 200 EW

EW

III

0,08 - 0,1 l

FMC

 

 

Fury 400 CE

EC

II

0,05 - 0,08 l

FMC

Syntermes molestus

benfuracarb

Laser 400 SC

SC

II

1,75 - 2,5 l/100 kg sem.

Iharabras

 

 

Oncol Sipcam

SC

II

1,75 - 2,5 l/100 kg sem.

Sipcam

 

carbofuran

Furadan 350 TS

SC

I

2,0 - 3,0 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Furazin 310 TS

SC

I

2,25 l/100 kg sem.

FMC

 

carbosulfan

Marshal TS

SC

II

2,0 - 2,8 l/100 kg sem.

FMC

 

 

Marzinc 250 TS

DS

II

2,0 kg/100 kg sem.

FMC

 

imidacloprid

Gaucho

WS

IV

1 kg/100 kg sem.

Bayer

 

 

Gaucho FS

FS

IV

0,4 l/100 l água

Bayer

 

terbufos

Counter 50 G

GR

I

40 kg

Basf

 

 

Counter 150 G

GR

I

13 kg

Basf

 

thiodicarb

Futur 300

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

 

 

Semevin 350

SC

III

2,0 l/100 kg sem.

Aventis

Fonte: MAPA Agrofit

Larva-arame (Conoderus spp., Melanotus spp)

Importância econômica

Esse grupo de inseto causa danos esporádicos em várias culturas. Para o milho, os danos são mais severos em lavouras semeadas em áreas de pastagens, situação em que o solo não é preparado anualmente, proporcionando uma condição favorável para o desenvolvimento da larva.

Sintomas de danos

As larvas danificam as sementes após a semeadura e o sistema radicular da planta de milho e de outras gramíneas. Geralmente, constrói galerias e destrói a base do colmo das plantas .

Métodos de controle

Ainda não existem informações sobre o nível de controle para esse grupo de inseto. A biologia dessas espécies não é bem conhecida e os hábitos são variados. Embora o controle químico tenha sido realizado em áreas experimentais, não há inseticidas registrados para o controle desse inseto. Em áreas que apresentam histórico de ataque da larva-arame, medidas de controle deverão ser utilizadas de forma preventiva na semeadura.

Inseticidas utilizados no controle da larva-alfinete também apresentam boa performance para a larva-arame. A umidade do solo é um fator importante no manejo dessa praga. Em sistemas irrigados, a suspensão da irrigação e a consequente drenagem da camada agricultável do solo força a larva a aprofundar-se, reduzindo o dano no sistema radicular.

 

Bicho-bolo, coró ou pão de galinha (Diloboderus abderus, Eutheola humilis, Dyscinetus dubius, Stenocrates sp, Liogenys, sp.)

Importância econômica

Para o milho, a importância econômica dessa praga é maior para lavouras de safrinha, instaladas em semeadura direta sobre a resteva da soja. Geralmente, a população do inseto é alta em áreas cultivadas anteriormente com gramíneas como é o caso de pastagem.

Sintomas de danos

As larvas danificam as sementes após o plantio, prejudicando sua germinação (Figura 3). Também alimentam-se das raízes provocando o definhamento e morte das plantas. O nível de dano para esse inseto ocorre a partir de 5 larvas/m2.

 

Figura 3. Bicho-bolo, coró ou pão de galinha 

 Foto: Ivan Cruz

 

Métodos de controle

Agentes de controle biológico natural de larvas do bicho-bolo são nematóides, bactérias, fungos, principalmente Metarhizium e Beauveria sp, e parasitóides da ordem Diptera. O preparo de solo com implementos de disco é uma alternativa de controle cultural da larva. Com essa prática, ocorre o efeito mecânico do implemento sobre as larvas que possuem corpo mole e são expostas a radiação solar e aos inimigos naturais, especialmente pássaros. O controle químico pode ser utilizado via tratamento de sementes (Tabela 1). Experimentalmente, a pulverização de inseticidas no sulco de semeadura tem se mostrado viável para o controle dessa larva.

 

Percevejo castanho (Scaptocoris castanea e Atarsocoris brachiariae)

Importância econômica

Essa praga ataca várias culturas, podendo causar danos na soja, algodão, pastagens, feijão e no milho. Em áreas localizadas, o percevejo ataca o milho, acarretando sérios prejuízos. A ocorrência deste inseto é esporádica, o que dificulta o estabelecimento de um programa de manejo para impedir os danos desta praga.

Sintomas de danos

As ninfas e os adultos (Figura 4) se alimentam nas raízes e sugam a seiva. O ataque severo causa o definhamento e morte da planta. Os sintomas de ataques variam com a intensidade e época do ataque e muitas vezes são confundidos com deficiência nutricional ou doença da planta.

 

Figura 4.  Percevejo castanho, Scaptocoris castanea
Foto:  Ivan Cruz 

 

Métodos de controle

O método cultural pode ser empregado para o manejo desse inseto. A aração e a gradagem expõem os insetos aos predadores e causam o esmagamento das ninfas e adultos. A aração com arado de aiveca é o que apresenta maior eficiência no controle do percevejo castanho. O fungo Metarhizium anisopliae é um agente de controle biológico da praga. Devido ao hábito subterrâneo do percevejo, o controle químico (Tabela 1) é difícil de ser realizado e a recomendação de uso de inseticidas tem sido preventivo.

 

Larva-Angorá (Astylus variegatus)

Importância econômica

Essa praga ataca várias espécies de plantas cultivadas e é considerada uma praga secundária da cultura do milho. Somente altas populações do inseto causam prejuízos para culturas de baixa densidade de sementes, como a do milho.

Sintomas de danos

As larvas (Figura 5) alimentam-se preferencialmente das sementes do milho após a semeadura, reduzindo a germinação e o número de plantas na lavoura.

 

 Figura 5. Larva-angorá (Astylus variegatus

 Foto: Ivan Cruz

 

Métodos de controle

Métodos culturais, como a aração e gradagem, ocasionam a morte de larvas. O controle químico (Tabela 1) deve ser realizado em áreas com histórico de ocorrência da praga. O tratamento de sementes com inseticidas evita o dano da praga.

 

Cupim (Procorniterms sp., Cornitermes sp., Syntermes sp. e Heterotermes sp.)

Importância econômica

Os cupins são insetos sociais, organizados em castas e que se alimentam de celulose. São insetos que atacam inúmeras culturas. Entre a grande variação existente para esse grupo de inseto, os cupins de hábitos subterrâneos dos gêneros Proconitermes e Syntermes (Figura 6) são os mais importantes para a cultura do milho.

 

 Figura 6. Cupim 

 Foto: Ivan Cruz

 

Sintomas de danos

Esses insetos atacam as sementes após a semeadura do milho, destruindo-as antes da germinação, acarretando falhas na lavoura. As raízes também são atacadas, causando descortiçamento das camadas externas, e as plantas amarelecem, murcham e morrem.

Métodos de controle

Os cupins subterrâneos são difíceis de controlar. Pode-se reduzir a infestação e os danos na lavoura com o emprego de inseticidas (Tabela 1) aplicados no sulco de plantio ou através de tratamento de sementes.

 

Pragas que atacam as plântulas (plantas jovens)

 

Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)

Importância econômica

É uma praga esporádica com grande capacidade de destruição num intervalo curto de tempo. Seus danos estão associados à estiagem logo após a emergência das plantas, condição que aumenta a susceptibilidade dessas pelo atraso no desenvolvimento e favorece a explosão populacional de lagartas na lavoura. Maiores danos são observados em solos leves e bem drenados, sendo sua incidência menor sob plantio direto.

Sintomas de danos

A lagarta recém eclodida inicia a alimentação raspando as folhas. Posteriormente, dirige-se para a região do coleto da planta (Figura 7), onde cava uma galeria vertical. A destruição do ponto de crescimento provoca inicialmente murcha e posteriormente morte das folhas centrais, proporcionando o sintoma conhecido como coração morto (Figura 8).

 

 Figura 7. Presença da lagarta-elasmo na plântula de milho

Foto: Ivan Cruz 

 

Figura 8. Sintoma de dano provocado pela lagarta-elasmo (coração morto) em milho

Foto: Ivan Cruz  

 

Métodos de controle

Em áreas de risco, deve ser usado o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos à base de tiodicarb, carbofuran ou imidacloprid (Tabela 1). Sob condições de estresse hídrico, mesmo esse tratamento é menos efetivo, embora muito melhor do que a sua não utilização. Se não foi feito o tratamento da semente, pode ser utilizada a aplicação de um inseticida de ação de contato e profundidade como os à base de clorpirifós, via pulverização. A alta umidade do solo contribui para reduzir os problemas causados pela lagarta-elasmo no milho.

Tripes (Frankliniela williamsi)

Importância econômica

Reclamações por produtores são frequentes nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Os danos causados pelos tripes têm sido verificados nos períodos de estiagem logo após a emergência das plântulas, podendo, sob altas infestações, causar até a morte das plantas com perdas econômicas significativas.

Sintomas de danos

Devido à raspadura do limbo foliar, as folhas apresentam-se amarelecidas, esbranquiçadas ou prateadas. A infestação pode ser confirmada pela verificação de pequenos insetos amarelados (Figura 9) no interior do cartucho e, sob altas infestações, ocorre murcha das folhas.

 

 Figura 9. Tripes (Frankliniela williamsi)

 Foto: Ivan Cruz 

 

Métodos de controle

Inicialmente, o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos oferece boa proteção às plantas (Tabela 1). Entretanto, sob condições de altas reinfestações, pode ser necessário pulverizações.

Percevejos: barriga-verde (Dichelops furcatus, D. melacanthus), verde (Nezara viridula)

Importância econômica

Os percevejos são pragas típicas da soja, mas com o plantio do milho em sucessão ou mesmo em rotação, passaram a causar danos também ao milho logo após a emergência das plantas. Os danos ocorrem na fase inicial de desenvolvimento da cultura, podendo causar perdas parciais ou totais das lavouras.

Sintomas de danos

Os adultos e ninfas, ao se alimentarem na base das plântulas (Figura 10) de milho, introduzem seus estiletes através da bainha até as folhas internas causando lesões que, posteriormente, após a abertura das folhas, mostram vários furos de distribuição simétrica no limbo foliar, apresentando halos amarelados ao redor dos furos. Outros sintomas são a deformação das plantas podendo levá-las a morte e/ou intenso perfilhamento que são totalmente improdutivos.

 

 Figura 10. Presença do percevejo verde, Nezara viridula, em milho

Foto: Ivan Cruz

 

Métodos de controle

Pode ser feito com o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos (Tabela 1) ou através de pulverizações logo após a emergência das plantas quando constatada a presença dos insetos.

 

Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis)

Importância econômica

Os danos diretos causados pela sucção de seiva dos adultos e ninfas podem reduzir principalmente o desenvolvimento do sistema radicular. No entanto, o principal prejuízo causado por essa espécie é devido à transmissão de fitopatógenos, como o vírus do rayado fino e de dois molicutes, Spiroplasma kunkelli (enfezamento pálido) e fitoplasma (enfezamento vermelho). Esta transmissão pode chegar a mais de 80%, dependendo do patógeno, dos fatores ambientais e da sensibilidade dos híbridos cultivados. A incidência da doença está associada à alta densidade populacional de insetos infectivos, o que ocorre no final do verão (plantios tardios).

Sintomas de danos

A presença do inseto (Figura 11) pode ser constatada diretamente pelo exame do cartucho das plantas ou através de amostragem com rede entomológica passada no topo das plantas. A incidência das doenças só é confirmada depois do aparecimento dos seguintes sintomas:

Rayado fino - folhas com riscas amareladas (paralelas às nervuras), com aparência pontilhada.

Enfezamento pálido - no início, as plantas podem apresentar folhas com deformações e, posteriormente, inicia-se pela descoloração (clorose) das bordas da base das folhas que pode progredir para toda a planta. Ocorre também nanismo acentuado com os últimos internódios pouco desenvolvidos, dando à planta a aparência de uma palmeira, o que é facilmente confundido com plantas dominadas.

Enfezamento vermelho - dependendo do estádio de infecção das plantas, pode não se observar o nanismo, mas geralmente ele está presente, com os últimos internódios pouco desenvolvidos e folhas apresentando avermelhamento generalizado. Na fase reprodutiva, nota-se manchas descoloridas nos grãos incompletamente cheios, o que dá à espiga certa flexibilidade ao ser torcida nas mãos.

 

Figura 11. Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis)

 Foto: Ivan Cruz 

 

Métodos de controle

Os mais eficientes são os culturais, evitando-se a multiplicação do vetor em plantios sucessivos, erradicação de plantas voluntárias na área antes do plantio e uso de cultivares menos susceptíveis aos patógenos. Evitar o plantio de milho pipoca e milho doce em áreas com histórico recente de alta incidência dos enfezamentos devido à alta susceptibilidade apresentada pela maioria dessas cultivares. Finalmente, pode-se também ser utilizado o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos (Tabela 1).

 

Pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis)

Importância econômica

Esta é a espécie de inseto de ocorrência mais endêmica no milho e raramente constitui problema para a cultura pela ação eficiente dos inimigos naturais (predadores e parasitóide). O pulgão ataca as partes jovens da planta, preferencialmente o cartucho, mas pode infestar também o pendão e gemas florais. Seus danos diretos ocorrem somente quando a densidade populacional é muito alta e a planta esteja sofrendo de estresse hídrico. Os insetos transmitem  o vírus do mosaico. Neste caso, mesmo sob densidades muitas vezes não detectáveis, podem ocorrer perdas significativas, pois o principal vetor é a forma alada e o vírus é de transmissão estiletar, ou seja, transmite de plantas doentes para sadias simplesmente por via mecânica, através da picada de prova.

Sintomas de danos

Sob altas populações, é visível a colônia sobre as plantas (Figura 12) e sob estresse hídrico as folhas mostram-se murchas e com bordas necrosadas. O sintoma da doença aparece no limbo foliar na forma de um mosaico de coloração verde claro num fundo verde escuro.

 

 Figura 12. Pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis)

 Foto: Ivan Cruz 

 

Métodos de controle

Para o controle da doença, os métodos culturais, na forma de eliminação dos hospedeiros nativos do patógeno e do vetor (gramíneas em geral), têm sido os mais eficientes. No início de desenvolvimento das plantas, o tratamento de sementes oferece proteção (Tabela 1). Durante o ciclo da planta, os inimigos naturais têm ação primordial na manutenção do equilíbrio. Raramente tem sido necessário tomar outras medidas de controle.

 

Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)

Importância econômica

A lagarta-do-cartucho, se atacar plantas mais jovens de milho, pode causar a sua morte, especialmente quando a cultura é instalada após a dessecação no sistema de plantio direto. Mas sua importância também é grande ao atacar os estágios mais avançados de desenvolvimento da planta, inclusive a fase reprodutiva.

Sintomas de danos

Embora esta espécie ataque tipicamente o cartucho da planta (Figura 13), quando o ataque ocorre no início de desenvolvimento da cultura, a lagarta pode perfurar a base da planta, atingindo o ponto de crescimento e provocar o sintoma de coração morto, típico da lagarta-elasmo.

 Figura 13. Cartucho de milho destruído pela lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)

 Foto: Ivan Cruz 

 

 

Métodos de controle

O tratamento de sementes tem sido o método mais recomendado para o controle das pragas iniciais do milho (Tabela 1) e apresenta eficiência no controle da lagarta-do-cartucho quando o ataque é verificado em plantas de até  15 dias após a emergência, sob condições satisfatórias de suprimento de água. Sob estresse hídrico, o tratamento de sementes não apresenta a mesma eficiência e deve ser suplementado por pulverizações dirigidas para o sítio de ataque do inseto. Nesse caso, podem ser utilizados produtos químicos seletivos em relação aos agentes de controle biológico natural e que possuam baixo impacto ambiental. O controle biológico através de parasitóides de ovos ou de lagartas também pode ser utilizado com igual eficiência, quando utilizado dentro dos preceitos do MIP (Manejo Integrado de Pragas).

 

Cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta)

Importância econômica

O milho, o arroz e o sorgo não são considerados hospedeiros dessa espécie por não permitirem o fechamento do seu ciclo biológico. Portanto, a infestação do milho pela cigarrinha é resultado da migração de adultos provenientes de áreas de pastagens, principalmente daquelas formadas com capins do gênero Brachiaria.

Sintomas de danos

É relativamente fácil observar a presença dos insetos (Figura 14) alimentando-se nas folhas que, após serem picadas, mostram áreas de clorose, amarelecimento e necrose, podendo causar a morte de toda planta. A sensibilidade das plantas é tanto maior quanto mais nova forem.

 

 Figura 14. Adultos da cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta)

 Foto: Ivan Cruz

 

Métodos de controle

Evitar sempre que possível o cultivo de milho em áreas próximas a pastagens de braquiárias. O tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos também pode reduzir significativamente os danos causados às plantas (Tabela 1).

 

Broca-da-cana (Diatraea saccharalis)

Importância econômica

A broca-da-cana tem provocado problemas mais sérios em plantas mais desenvolvidas, mas essa praga pode também infestar as plantas recém-emergidas que são totalmente improdutivas, sendo os prejuízos proporcionais à redução da população de plantas.

Sintomas de danos

Os danos causados pela broca-da-cana em plantas novas são semelhantes aos causados pela lagarta-elasmo: folhas raspadas no inicio da infestação e, posteriormente, o aparecimento do sintoma denominado "coração morto" e/ou perfilhamento das plantas sobreviventes (Figura 15).

 

 Figura 15. Perfilhamento da planta: sintoma de dano da broca-da-cana (Diatraea saccharalis) em milho

Foto: Ivan Cruz

 

Métodos de controle

Neste caso, os métodos recomendados são os mesmos anteriormente citados. Experimentalmente, o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos ou pulverização dirigida para a base da planta utilizando inseticidas de efeito de profundidade e/ou de ação translaminar possibilita um bom controle da praga. O controle biológico através de parasitóides é também possível.

 

Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon)

Importância econômica

Predomina em áreas de solos pesados, mal cultivados, ou seja, em áreas sujas. Os danos resultam da redução da população de plantas produtivas cujos prejuízos são proporcionais à taxa de infestação.

Sintomas de danos

As larvas atacam a região do coleto, cortando as plantas na base (Figura 16), o que provoca morte ou perfilhamento. Em áreas muito infestadas, nota-se muitas plantas cortadas, mas os insetos não são facilmente visíveis, já que têm atividade preferencialmente noturna.

 

 Figura 16. Presença da lagarta-rosca (Agrotis ipsilon) e seu dano em milho

 Foto: Ivan Cruz 

 

Métodos de controle

Os métodos de controle culturais envolvem a antecipação da eliminação de plantas daninhas, principalmente via dessecante, o que pode reduzir a infestação, pois as mariposas preferem ovipositar em plantas ou em restos culturais ainda verdes. O tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos também é recomendado em áreas com histórico de incidência dessa praga. Em áreas menores, é recomendado a distribuição de iscas preparadas à base de farelo, melaço e um inseticida sem odor como o trichlorfon (Tabela 1).