Qualidade e Produção de Alimentos Seguros

Conteúdo atualizado em: 08/03/2022

Autor

Odilon Reny Ribeiro Ferreira da Silva - Embrapa Algodão

 

Os aspectos de segurança na cultura do sisal estão mais relacionados à operação da máquina desfibradora, tanto pela fadiga que causa ao seu operador, quanto à falta de segurança da "máquina Paraibana" (Figura 1), que expõe os seus operadores a constantes riscos de acidentes, o que constitui um dos principais problemas da máquina e da operação propriamente dita.

Nas regiões produtoras de sisal existe um grande número de pessoas com mãos mutiladas pela máquina Paraibana; no entanto, é importante salientar que este equipamento, por ser um dos únicos disponíveis no mercado, ter baixo custo aquisitivo, ser de fácil manutenção, de concepção simples e rústica, tem grande aceitação por parte dos produtores, principalmente dos pequenos e médios ou por pessoas que vivem para prestar serviços neste segmento. Desde o aparecimento da máquina paraibana, poucas modificações lhe foram introduzidas com o propósito de melhorar sua capacidade produtiva e a redução dos riscos de acidente.

Por iniciativa do próprio puxador, para evitar acidentes no desfibramento da folha, algumas máquinas paraibanas são dotadas de uma caixa protetora do rotor (capuz) com a boca mais prolongada ou então a colocação de um pedaço de madeira (cêpo) na boca da máquina para evitar que a mão do operador possa chegar próximo ao rotor desfibrador e assim, provocar acidentes (Figura 2).


Desde o surgimento da máquina Paraibana, poucas modificações foram introduzidas com o propósito de melhorar sua capacidade produtiva e a redução dos riscos de acidente. Dentre essas modificações, destaca-se o dispositivo protetor montado no orifício de alimentação da máquina, desenvolvido pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, com a finalidade de evitar que a mão do operador alcance o rotor desfibrador.
 

Odilon Reny R. F. da Silva Figura 1. Máquina desfibradora paraibana com caixa              protetora no rotor.

        

Odilon Reny R. F. da Silva Figura 2. Detalhe da boca estendida e da madeira colocada próxima ao rotor.