BRS 155: Lançamento em 1998, Registro Nacional de cultivares 00513 - Esta cultivar apresenta reduzido teor de inibidor de tripsina (fator antinutricional que interfere na digestão de proteínas), o que permite redução do tratamento térmico, diminuindo custos de processamento e melhor solubilidade das proteínas. É apropriada para alimentação humana e animal. É adaptada para cultivos nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.

BRS 216: Lançamento em 2003, Registro Nacional de cultivares 10548 - A cultivar BRS 216 apresenta grãos pequenos (10g/peso de 100 sementes), característica que a torna adequada para “natto” (alimento fermentado japonês), e para produção de brotos de soja, a exemplo dos brotos de feijão (“moyashi”). É recomendada para os estados do Paraná, São Paulo e Sul do Mato Grosso do Sul.

BRS 213: Lançamento em 2001, Registro Nacional de cultivares 10545 - Esta cultivar apresenta como principal característica a ausência das três enzimas lipoxigenases, o que lhe confere superioridade em sabor e dispensa o tratamento térmico, o processo prévio utilizado no preparo dos alimentos à base de soja para inativação da enzima. É indicada para produção de “leite” de soja, tofu, farinha entre outros alimentos à base de soja. Também apresenta hilo claro e bom tamanho de grão. É recomendada para os estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.

BRS 257: Lançamento em 2005, Registro Nacional de cultivares 19960 - Esta cultivar também não apresenta as três enzimas lipoxigenases, podendo então prevenir o desenvolvimento do sabor desagradável observado em produtos à base de soja. A BRS 257 disponibiliza matéria prima de excelente qualidade e sabor superior. Apresenta características especiais quanto à reação às doenças, sendo resistente ao cancro da haste, à mancha “olho de rã”, ao mosaico comum da soja e ao nematóide de galha (Meloidogyne incognita). Sua área de adaptação concentra-se nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.

BRS 267: Lançamento em 2006, Registro Nacional de cultivares 20795 - Apresenta sementes grandes, sabor superior e é ideal para produção de “tofu”, farinhas e extrato ou “leite” de soja. Esta cultivar pode ser consumida como soja verde ou hortaliça, quando colhida no estádio R6 (grãos desenvolvidos, mas ainda imaturos). Como hortaliça, a soja, normalmente, é vendida com as vagens presas nos galhos, com as vagens soltas, ou com os grãos debulhados.

As outras cultivares listadas a seguir são cultivares convencionais lançadas pelo programa de melhoramento geral que, após avaliações do programa de soja para alimentação, mostraram-se boas para alimentação humana e, portanto, foram recomendadas para usos especiais. Estas recomendações são importantes, porque não havendo disponibilidade de sementes, estas cultivares atendem à demanda da indústria de alimentos e da exportação de soja orgânica.

BR 36: Lançamento em 1996, Registro Nacional de cultivares 00238 - Apresenta grande aceitação no mercado de soja para a alimentação humana, por apresentar hilo claro, grãos grandes, alto teor de proteína e boas qualidades sensoriais, que conferem aos grãos, farinha e leite um sabor mais suave. Possui alto potencial de rendimento e boa resistência às principais doenças. Esta cultivar é indicada para os estados do Paraná e Santa Catarina e tem sido utilizada no sistema de produção orgânico.

BRS 258: Lançamento em 2005, Registro Nacional de cultivares 20643 - Esta cultivar é essencialmente derivada da BR 36, porém com características de resistência ao cancro da haste, podendo substituir a BRS 36. Apresenta alto teor de proteína, hilo marrom claro e grãos graúdos, sendo estas características bastante desejáveis para o cultivo orgânico e para alimentação humana, em função do sabor mais suave. Além da resistência ao cancro da haste, é também resistente à mancha “olho de rã”, ao mosaico comum da soja. Apresenta melhor potencial de adaptação nas regiões acima de 600 m de altitude, onde a BR 36 é semeada. As áreas de adaptação concentram-se nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.Embrapa 48: Lançamento em 1996, Registro Nacional de cultivares 00257 – Foi recomendada para utilização na produção industrial de alimentos à base de soja e uso direto na culinária doméstica. Tal recomendação baseou-se na genealogia da cultivar – [(Davis x Paraná) x (IAS 4 e BR 5)] cujos parentais, as cultivares Davis, IAS 4 e BR 5, em avaliações de testes de sabor, mostraram-se superiores em relação a outras cultivares convencionais. É indicada para semeadura nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul. Possui alto potencial de rendimento e excelentes características agronômicas; apresenta rusticidade e boa ramificação lateral; é tolerante à seca na fase adulta, podendo também ser utilizada no sistema orgânico. Esta cultivar, devido à disponibilidade no mercado, ainda hoje é muito utilizada pela indústria de alimentos.

Para obtenção de cultivares com altos teores de isoflavonas, compostos com atividade bioativa na redução dos riscos de doenças crônicas, recomendamos o cultivo da soja em locais que tenham temperaturas mais baixas durante o enchimento de grãos, o que irá favorecer uma maior concentração das isoflavonas. Esta recomendação é fundamentada nos vários resultados de pesquisa que conduzimos ao longo dos anos. Processadores de suplementos alimentares e alimentos funcionais à base de soja  que seguem essa recomendação, uma vez que necessitam de sojas com altos teores de isoflavonas.   

Outras informações sobre a soja e o programa podem ser obtidas no link abaixo:

Soja na alimentação