Tomate
Colheita
Autor
Flávia Maria Vieira Teixeira - Embrapa Hortaliças
A colheita do tomate voltado para a indústria é manual ou mecânica. Para qualquer uma delas há necessidade de se fazer o enleiramento (penteamento) da lavoura, que consiste em chegar as ramas do tomateiro para a linha de cultivo, com o objetivo de atender raio de abertura da máquina ou mesmo facilitar o trânsito e a manipulação dos frutos na colheita manual. A colheita manual é realizada quando de 70 a 80% dos frutos estão maduros e se houver viabilidade da qualidade dos frutos e econômica, é feita uma segunda colheita, em que é retirado o restante dos frutos. Ocorrem situações que, em função do preço pago pelo tomate, esta segunda colheita não é compensatória para o produtor, pois o custo da segunda colheita é maior que o da primeira e a qualidade do fruto tende a ser inferior. Em média, um funcionário colhe cerca de 70 Kg de tomate por dia. Em geral, o tomate colhido manualmente tem qualidade superior ao tomate colhido mecanicamente.
Foto: Alice K. Inoue Nagata
Figura 1. Colheita manual
A colheita mecanizada teve grande repercussão nos últimos anos por reduzir enormemente o número de mão de obra na área. Atualmente despontam-se na colheita mecanizada de tomate no Brasil duas máquinas colhedoras, Sunday e Guaresi. Estas máquinas operam com cerca de 3 a 5 pessoas, responsáveis por selecionar os frutos. Em boas condições de trabalho uma máquina colhe cerca de 18 a 20 caminhões por dia, com média de 17 toneladas cada um. A operação em si consiste em, após o tomate enleirado a colhedora passa na linha de cultivo e através de sua abertura frontal rente ao solo recolhe os frutos, o fruto é descarregado em um caminhão que vai ao lado da colhedora, este caminhão é rebocado por um trator (em função da baixa velocidade da operação).
Foto: Marcos Esteves
Figura 2. Colheita mecanizada