Tomate
Mosaico-do-vírus Y
Autor
Antonio Carlos de Ávila - Consultor autônomo
Trata-se do mesmo vírus Y da batata.
O agente causal da risca-do-tomateiro (PVY) ocorre de forma restrita em lavoruas de tomate no Brasil. São poucas as plantas hospedeiras do vírus. A transmissão é feita por pulgões, que adquirem o vírus em uma planta doente.
Os pulgões somente são capazes de transmitir o vírus por alguns minutos a poucas horas, portanto ele precisa atacar outra planta doente para continuar transmitindo o vírus. Não existem evidências de que seja transmitido pela semente.
Os sintomas nas plantas infectadas são pouco severas, sendo o mais comum um mosaico leve ou severo nas folhas mais novas, com as nervuras apresentando coloração verde-escura (Figura 1). Não se observam sintomas nos frutos, mas infecções precoces podem causar perdas totais. Sendo as infecções após a floração são menos danosas.
Foto: Carlos A. Lopes
Figura 1. Folhas com manchas de diferentes tonalidades de verde
O controle do vírus é bastante difícil, devido à eficiência da transmissão pelo vetor e também devido à ocorrência de numerosas fontes externas de vírus. Algumas medidas preventivas podem reduzir a disseminação dessa virose:
- o isolamento das plantações de tomateiro, pimentão, pimenta, hortas, jardins e plantios mais velhos de tomateiro;
- o controle do inseto vetor com produtos adequados; e
- o uso de telado para proteger as plantas, principalmente durante o período compreendido entre a semeadura e até 15 dias após o transplante.
A pulverização com agrotóxico não previne a disseminação do PVY, pois o pulgão adquire e transmite o virus em poucos segundos. Deve-se ressaltar que o uso de cultivares resistentes constitui uma das maneiras mais eficientes no controle do vírus.