Irrigação

Conteúdo atualizado em: 25/02/2022

Autor

Flávia Maria Vieira Teixeira - Embrapa Hortaliças

 

O tomateiro é uma planta muito exigente em água, seu fruto maduro possui cerca de 93 a 95% de água. Seu sistema radicular pode atingir até 1,5m de profundidade e isto acontece, em média, cerca de 60 dias após o transplantio. O déficit híbrico prolongado limita o desenvolvimento e a produtividade, principalmente na fase de florescimento e desenvolvimento dos frutos, que são os períodos mais críticos. Por outro lado, também não pode haver excesso de água no solo, esta condição facilita o aparecimento e disseminação de doenças, provocar rachaduras nos frutos, queda de flores, frutos ocos e podridão apical.

Foto: Flávia Clemente

Podridão apical em tomate
Figura 1. Podridão apical em tomate
 

A irrigação do tomate pode ser conduzida por aspersão, gotejamento ou sulco.

Na irrigação por aspersão ocorre o molhamento constante das folhas, que pode aumentar o risco de doenças fúngicas, assim como também proporciona lavagem dos agrotóxicos. O sistema é adotado tanto para o cultivo do tomate de mesa (geralmente feito por aspersores convencionais) e para o cultivo do tomate com fins industriais, este ultimo costuma ser realizado via Pivô Central.

Fotos: Flávia Clemente

 
 Irrigação convencional em tomate de mesa           Irrigação por aspersão em pivô central em tomate para indústria
Figura 2. Irrigação por aspersão
convencional m tomate de mesa 
  Figura 3. Irrigação por aspersão por pivô
  central em tomate para indústria

 

A irrigação por sulcos é bastante utilizada no cultivo do tomate de mesa, o método consiste em fazer a água correr lentamente entre as fileiras de plantio Esta área deve ser dividida em talhões e o sulco de plantio deve ter no máximo de 12 a 15m de comprimento. Embora este sistema tenha um custo de implantação pequeno, ocorre desperdício de água por percolação e também demanda de mão de obra é intensa.

A irrigação feita por gotejamento é um método de alta eficiência de aplicação de água, que possibilita a aplicação de fertilizantes e tem baixa utilização de mão de obra, porém tem elevado custo de implantação. O sistema emprega tubos gotejadores com espaçamento dimensionado e vazão controlada, é adotado tanto para o cultivo do tomate de mesa, como para o cultivo do tomate com fins industriais.

 Fotos: Flávia Clemente

 
 Irrigação por sulcos em tomate  Irrigação por gotejamento em tomate
Figura 4. Irrigação por sulcos   Figura 5. Irrigação por gotejamento