Tomate
Irrigação
Autor
Flávia Maria Vieira Teixeira - Embrapa Hortaliças
O tomateiro é uma planta muito exigente em água, seu fruto maduro possui cerca de 93 a 95% de água. Seu sistema radicular pode atingir até 1,5m de profundidade e isto acontece, em média, cerca de 60 dias após o transplantio. O déficit híbrico prolongado limita o desenvolvimento e a produtividade, principalmente na fase de florescimento e desenvolvimento dos frutos, que são os períodos mais críticos. Por outro lado, também não pode haver excesso de água no solo, esta condição facilita o aparecimento e disseminação de doenças, provocar rachaduras nos frutos, queda de flores, frutos ocos e podridão apical.
Foto: Flávia Clemente
Figura 1. Podridão apical em tomate
A irrigação do tomate pode ser conduzida por aspersão, gotejamento ou sulco.
Na irrigação por aspersão ocorre o molhamento constante das folhas, que pode aumentar o risco de doenças fúngicas, assim como também proporciona lavagem dos agrotóxicos. O sistema é adotado tanto para o cultivo do tomate de mesa (geralmente feito por aspersores convencionais) e para o cultivo do tomate com fins industriais, este ultimo costuma ser realizado via Pivô Central.
Fotos: Flávia Clemente | |
Figura 2. Irrigação por aspersão convencional m tomate de mesa | Figura 3. Irrigação por aspersão por pivô central em tomate para indústria |
A irrigação por sulcos é bastante utilizada no cultivo do tomate de mesa, o método consiste em fazer a água correr lentamente entre as fileiras de plantio Esta área deve ser dividida em talhões e o sulco de plantio deve ter no máximo de 12 a 15m de comprimento. Embora este sistema tenha um custo de implantação pequeno, ocorre desperdício de água por percolação e também demanda de mão de obra é intensa.
A irrigação feita por gotejamento é um método de alta eficiência de aplicação de água, que possibilita a aplicação de fertilizantes e tem baixa utilização de mão de obra, porém tem elevado custo de implantação. O sistema emprega tubos gotejadores com espaçamento dimensionado e vazão controlada, é adotado tanto para o cultivo do tomate de mesa, como para o cultivo do tomate com fins industriais.
Fotos: Flávia Clemente | |
Figura 4. Irrigação por sulcos | Figura 5. Irrigação por gotejamento |