Espécies Arbóreas da Amazônia
Partes reprodutivas
Autor
Embrapa Amazônia Oriental
Flores de Anacardium giganteum
As flores apresentam sépalas ovadas, pubescentes e corola campanulada. As pétalas são amarelas na base e esbranquiçadas no ápice, mas tornam-se vermelhas depois da polinização. O cálice e a corola apresentam 5 sépalas e 5 pétalas respectivamente. As sépalas são ovadas, menores que 3 mm de comprimento; as pétalas são lanceoladas, menores que 6 mm de comprimento. As flores são bissexuais ou estaminadas (com somente estruturas masculinas).
As flores mostram heterostemonia, sendo que um estame é relativamente grande e os outros oito ou nove muito menores. Em A. giganteum, os estames menores não produzem pólen. Em flores bissexuais, o estame maior cresce somente após a polinização nas flores vermelhas. O estilete fica numa posição lateral, oposto ao estame maior.
Inflorescências em panículas eretas e abertas de 16-26 cm x 17-29 cm, densamente pubescentes.
As flores mudam de cor após a polinização, sendo branca-esverdeadas antes, e vermelhas a cor de vinho depois.
Frutos
O pseudofruto (formado pelo entumescimento do pedicelo do fruto), possui forma de pêra (piriforme) 1,5 x 1,3-3,5 cm, de cor vermelha.
O pseudofruto parece o caju (Anacardium ocidentale), mas menor e mais adstringente. Além de ser comidos por macacos e morcegos, ao cair no chão, eles atraem jabutis que podem também ter papel na dispersão das sementes
O verdadeiro fruto é a castanha de caju, que é marrom ou preta quando madura e mede cerca de 2,5-2,7 x 1,8-2,5 cm.