Solos Tropicais
Cambissolos
Autores
Maria José Zaroni - Embrapa Solos
Humberto Gonçalves dos Santos - Im memorium
- DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS
Solos pouco desenvolvidos, que ainda apresentam características do material originário (rocha) evidenciado pela presença de minerais primários (Figura 1). São definidos pela presença de horizonte diagnóstico B incipiente (pouco desenvolvimento estrutural) apresentando baixa (distróficos) ou alta (eutróficos) saturação por bases, baixa a alta atividade da argila, segundo critérios do SiBCS (Embrapa, 2006).
Variam de solos pouco profundos a profundos, sendo normalmente de baixa permeabilidade.
Foto: Humberto Gonçalves dos Santos |
Figura 1: Cambissolo Háplico Tb Eutrófico léptico. |
- AMBIENTES DE OCORRÊNCIA
São identificados em diversos ambientes, estando normalmente associados a áreas de relevos muito movimentados (ondulados a montanhosos) podendo, no entanto, ocorrer em áreas planas (baixadas) fora da influência do lençol freático (Figura 2).
Foto: Humberto Gonçalves dos Santos |
Figura 2: Paisagem, cobertura vegetal e relevo da classe dos Cambissolos. |
- POTENCIAL E LIMITAÇÕES AO USO AGRÍCOLA
Em áreas mais planas, os Cambissolos, principalmente os de maior fertilidade natural, argila de atividade baixa e de maior profundidade, apresentam potencial para o uso agrícola. Já em ambientes de relevos mais declivosos, os Cambissolos mais rasos apresentam fortes limitações para o uso agrícola relacionadas à mecanização e à alta suscetibilidade aos processos erosivos.
- MANEJO
O manejo adequado dos Cambissolos implica a adoção de correção da acidez e de teores nocivos de alumínio à maioria das plantas, além de adubação de acordo com a necessidade da cultura.
Para os Cambissolos das encostas, além destas, há necessidade das práticas conservacionistas devido a maior suscetibilidade aos processos erosivos.