Luvissolos

Conteúdo migrado na íntegra em: 09/12/2021

Autores

Maria José Zaroni - Embrapa Solos

Humberto Gonçalves dos Santos - In memoriam

 

- DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

 

Solos minerais não hidromórficos definidos pelo SiBCS (Embrapa, 2006) pela presença de horizonte subsuperficial diagnóstico textural (Bt) imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte A, exceto A chernozêmico, ou sob horizonte E, argila de atividade alta e saturação por bases alta (Figura 1).

Foto: Humberto Gonçalves dos Santos

Figura 1: Luvissolo Crômico Órtico solódico. 
Fonte: Acervo da Embrapa Solos - Perfil 14 - V RCC Cabrocó - PE

 

Estes solos variam de bem a imperfeitamente drenados, sendo normalmente pouco profundos (60 a 120cm), com nítida diferenciação entre os horizontes A e Bt, devido ao contraste de textura, cor e/ou estrutura entre eles. Grande parte dos solos desta classe possui mudança textural abrupta (alto gradiente textural).

São moderadamente ácidos a ligeiramente alcalinos, com teores de alumínio extraível baixos ou nulos e presença, em quantidade variável mas expressiva, de argilominerais do tipo 2:1 indicando atividade alta da argila. Podem ou não apresentar pedregosidade na parte superficial e/ou caráter solódico ou sódico, na parte subsuperficial.

 

- AMBIENTES DE OCORRÊNCIA


São identificados normalmente nas áreas de clima seco (déficit hídrico) em temperaturas altas e baixas, estando normalmente associados às áreas de relevos movimentados (ondulados a forte ondulados).

 

- POTENCIAL E LIMITAÇÕES AO USO AGRÍCOLA


A alta saturação por bases implica em alta fertilidade natural (eutróficos), conferindo potencial para o uso agrícola. Com relação às características físicas, apresentam normalmente boa permeabilidade. Nos relevos mais declivosos, os de menor profundidade apresentam limitações para o uso agrícola relacionadas à restrição a mecanização e suscetibilidade aos processos erosivos.

 

- MANEJO


De acordo com suas limitações, o manejo adequado dos Luvissolos resume-se na adubação de acordo com a necessidade da cultura e, nas encostas, além desta, utilização de práticas conservacionistas devido à suscetibilidade aos processos erosivos.