Mandioca

Conteúdo migrado na íntegra em: 09/12/2021

Autor

Alineaurea Florentino Silva - Embrapa Semiárido

 

A produção nacional é de 22,6 milhões de toneladas de raízes, numa área plantada de 1,7 milhões de hectares, com rendimento médio de 13,3 t/ha. A Bahia destaca-se por ser o segundo maior produtor nacional, com 16,7 % do total produzido, ficando atrás apenas do Estado do Pará que detém 17,9%.

O Território do Sisal possui aproximadamente 29 mil ha plantados com a cultura da mandioca, produzindo anualmente 191.890 toneladas de raízes. Dentre os vinte municípios que compõem o Território do Sisal os municípios de Quijingue, Tucano, Serrinha, Araci e Monte Santo possuem produção acima de 20 mil toneladas ano.

Dentre os produtos originados a partir da raiz da mandioca podemos destacar:  farinha seca torrada,  presente na culinária da maioria dos baianos, principalmente daqueles que residem na zona rural, a fécula utilizada na indústria alimentícia e os beijus em geral, bastante utilizados como alimento entre os agricultores.O sistema de cultivo da mandioca no Território do Sisal ainda é bastante tradicional, utilizando enxada para plantio e capinas manuais. Poucos são aqueles produtores que utilizam fertilizantes na cultura, porém o controle das plantas invasoras é realizado sempre que necessário, mesmo que de forma manual, o que aumenta severamente os custos de produção.

Quando atinge o ponto de colheita, as raizes da mandioca são colhidas e transportadas para as casas de farinha comunitárias. São transformadas em farinha seca torrada e beiju, conhecido como beiju de massa por envolver em seu preparo massa da mandioca ralada e prensada e não apenas a fécula, como é de costume. Parte da farinha seca e torrada produzida é armazenada para servir como alimento para a família durante o ano todo ou boa parte dele, porém é comum a comercialização do excedente nas feiras livres de cada município. No período de escassez de chuva, a farinha consumida no Território do Sisal é trazida de outros Territórios da Bahia, a exemplo os Territórios do Recôncavo e Vale do Jequiriça. A utilização das raízes, como também da  parte aérea da planta para alimentação dos animais na região, ainda é pouco expressiva, porém, este aspecto poderá mudar dada a importância dessa forma de aproveitamento já consolidada em outras regiões criadoras de rebanho bovino, ovino e caprino .