24/03/15 |

Anemia infecciosa equina é discutida no Pantanal norte

Informe múltiplos e-mails separados por vírgula.

Foto: Nicoli Dichoff

Nicoli Dichoff - Pesquisadores de todo o país conversam sobre a doença com produtores e técnicos da região

Pesquisadores de todo o país conversam sobre a doença com produtores e técnicos da região

Neste dia 24, terça-feira, a Embrapa Pantanal, a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) e parceiros promoveram um encontro entre produtores rurais e pesquisadores de diversas regiões do Brasil no Hotel Sesc Porto Cercado em Poconé, MT. O assunto discutido foi a anemia infecciosa equina (AIE), uma grave doença provocada por um vírus semelhante ao da AIDS que ataca os equídeos (cavalos, mulas, burros e jumentos).

"Compartilhar informações sobre a doença, mostrar porque não é bom ter o animal contaminado, provar que é prejuízo ter o cavalo positivo. Por essas razões é que eu acho importante interagir com os produtores", diz Daniel Moura, professor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) que coordena os trabalhos relacionados à AIE na região. De acordo com a pesquisadora Márcia Furlan, da Embrapa Pantanal, a importância da anemia está relacionada à do cavalo para a pecuária no Pantanal. "A gente não consegue criar bovinos sem o trabalho do equídeo – do cavalo, da mula, do burro", diz Márcia.

Ainda segundo a pesquisadora, a anemia infecciosa equina é transmitida pelo contato com o sangue infectado dos animais. Para evitar a contaminação, ela afirma que é necessário fazer a limpeza de freios e bridões com frequência, utilizar seringas descartáveis e abolir o uso da espora pontuda ou cortante. Por isso, Suely Tocantins, médica veterinária do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea - MT), ressalta que são ações simples, mas fundamentais, que podem prevenir o avanço da AIE no Pantanal: "divulgação e educação sanitária, basicamente".

Para o engenheiro agrônomo Daniel Gomes, que cria cavalos Pantaneiros há mais de 30 anos na região de Poconé, prevenir a doença favorece a divulgação das funcionalidades e qualidades da raça para produtores de outras partes do Brasil. "Para participar de eventos e levar o cavalo Pantaneiro para fora, para a região sudeste e sul, por exemplo, você precisa do exame negativo da AIE", afirma Daniel. "É preferível ter menos animais na propriedade (...), mas que sejam animais que possam fazer exatamente isso: trabalhar na fazenda e fora dela", conta o engenheiro agrônomo. O professor da UFMT finaliza: "doença nunca foi sinônimo de lucro. Se tem doença, tem prejuízo", diz Daniel Moura.

 

Nicoli Dichoff (MTb 3252/ SC)
Embrapa Pantanal

Contatos para a imprensa

Telefone: +55 (67) 3234-5957

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/