Cerca de 120 pessoas de todo o Brasil e até do exterior participaram do Seminário sobre Manejo Sustentável para a Cultura do Coqueiro, realizado pela Embrapa e parceiros de 4 a 6 de setembro, em Aracaju, SE. Clique aqui e confira a galeria completa de imagens do evento no perfil da Embrapa rede social Flickr. O evento serviu de espaço para apresentações e debates sobre o uso das tecnologias mais atuais e sustentáveis aplicadas ao sistema de produção do coqueiro. Produtores de coco e empresários agrícolas envolvidos com a cocoicultura, profissionais de assistência rural, técnicos agrícolas e agrônomos, além de pesquisadores, professores e estudantes de graduação e pós-graduação, interagiram no encontro. Palestras, mesas redondas, visitas de campo, divulgação de resultados de pesquisa e estudos de caso integraram a programação. Para o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros Fernando Cintra, os organizadores do evento, foi plenamente atingido o objetivo de fomentar a discussão sobre o uso de tecnologias que sejam, ao mesmo tempo, factíveis ao produtor de coco, economicamente viáveis e ambientalmente sustentáveis. "Foi mais uma excelente oportunidade de diálogo entre pesquisa e setor produtivo na busca de caminhos e soluções para fazer frente às alterações climáticas, à necessidade de se preservar o meio ambiente e à elevação visível dos custos de produção", avalia o pesquisador. Entre as soluções e alternativas tecnológicas apresentadas estão uso de cobertura morta na base da coroa do coqueiro para redução do volume diário de irrigação, compostagem laminar e plantio consorciado com leguminosas rasteiras e arbóreas, fruteiras e outras espécies, além de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) com coqueiro. No dia 5 aconteceram as visitas ao campo experimental de Itaporanga D’Ajuda, para conhecer os experimentos de plantio consorciado de coqueiro com a leguminosa gliricídia, e à Fazenda Ovinocultura Pina, parceira da Embrapa, em Estância, para conhecer no campo uma ação de ILPF conduzida com coqueiro, gliricídia e ovinos de alta produtividade. Apresentaram experiências bem sucedidas com a produção de coco a Fazenda Granjeiro, do Ceará, e as empresas Coco do Vale, da Paraíba, Ducoco, do Ceará, e Fino Coco e Frysk/Aurantiaca, da Bahia. Para o representante do Sindicato Nacional dos Produtores de Coco (Sindicoco) e da Câmara Setorial de Fibras Naturais – Subcâmara do Coco da Bahia, Fernando Florence, o evento foi uma excelente oportunidade de discussão. “Saímos daqui extremamente satisfeitos, tanto pelo espaço de debate quanto pela oportunidade de conhecer os resultados do excelente trabalho que a Embrapa tem feito para a cultura do coco no Brasil. Alguns resultados são muito promissores. Enquanto produtor de coco, vou buscar aplicar desde já essas soluções”, declarou. A produtora Rita Granjeiro, proprietária da fazenda que leva seu sobrenome em Paracuru, no Ceará, enalteceu o papel da Embrapa de agitar o setor, apresentando novas soluções e promovendo discussões importantes para o fortalecimento da cultura no Brasil. “Costumo falar que a Embrapa é a âncora dos produtores. Não conseguimos nos enxergar sem a presença dela, e eventos como esse é que ajudam a nos motivar e nos unir. Sempre há alguma coisa nova a aprender nesses momentos”, reconheceu.