24/04/15 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  Transferência de Tecnologia  ILPF

Instituições traçam estratégias para ILPF na região Matopiba

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Apresentar e discutir ações relacionadas à temática da Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF) para a região Matopiba, ou seja, para a região compreendida pelos Estados do Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia foi o objetivo principal  de duas reuniões realizadas  em Teresina – PI e São Luís - MA nesta quinta e sexta-feira (23 e 24/04).

Desenvolvida pela Embrapa, a ILPF é uma estratégia de produção sustentável que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotacionado, buscando efeitos sinérgicos entre os componentes do agroecossistema, contemplando a adequação ambiental, a valorização do homem e a viabilidade econômica.

Durante as reuniões, que tiveram programações semelhantes, a equipe do projeto apresentou a produtores e representantes de instituições que fazem parte do Plano ABC (programa do governo federal que prioriza a agricultura com baixa emissão de carbono) os projetos que serão realizados até o ano de 2018 voltados para a transferência de tecnologia, sistematização de informações, capacitação de técnicos e produtores e de comunicação relacionadas ao tema Integração Lavoura Pecuária Floresta.  Produtores e representantes do Comitê Gestor do Plano ABC nos dois estados também falaram sobre a condução das ações no Piauí e Maranhão.

Nos dois eventos, produtores que já adotam a ILPF em suas propriedades apresentaram depoimentos sobre o processo de implantação da tecnologia em suas fazendas, relatando os benefícios obtidos e os desafios para o futuro.

Em Teresina, o produtor Cledson Evangelista, comentou sobre a importância da ILPF para o incremento da sua produção e destacou que a tecnologia pode ser também utilizada por pequenos proprietários, pois estes geralmente vivem na propriedade e podem acompanhar o processo de maneira mais próxima.

Para Vítor Barbosa, produtor de Brejo – MA, um gaúcho que se mudou para o Maranhão há mais de 10 anos, a utilização da ILPF foi fundamental para resolver o problema da redução de matéria orgânica no solo depois de três anos de plantio intenso em uma mesma área. "Na época a única palhada utilizada era o milheto, que se mostrou insuficiente para resolver nosso problema. Foi então que procuramos a Embrapa e nos apresentaram o ILPF e iniciamos os primeiros 10 hectares, obtendo um resultado surpreendente", informou, acrescentando que já ampliou as áreas e que ainda pretende aumentar em 25% a área plantada utilizando a tecnologia integração lavoura pecuária floresta.

Outro que também relatou as experiências exitosas com o uso da ILPF foi o produtor maranhense Reginaldo Vieira, que adotou a tecnologia em 2009, em sua fazenda em Fortuna - MA. Ele é administrador de empresas e defende que o agricultor deve ser, antes de tudo, um empreendedor rural que trabalhe com foco na viabilidade econômica, na preservação ambiental e na justiça social.

Reginaldo também viu o solo de sua propriedade ser degradado e procurou a Embrapa em busca de uma solução. Foi incentivado a utilizar a ILPF e desde então já ampliou a área plantada e garante ter obtido sucesso na atividade rural. "Hoje eu tenho um boa produção, alugo meu pasto no período com escassez de chuva e consigo produzir 10 kg de carne de gado por mês, com uma lotação de três cabeças de gado por hectare e isso é muito bom. A ILPF foi um santo remédio. Eu continuo avançando sempre. Esse sistema me estimula e me incentiva a continuar produzindo",  comenta, empolgado, o produtor.

Eugênia Ribeiro (MTB 1091 / PI)
meio-norte

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