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Desenvolvimento de tecnologia para recuperação de áreas degradadas em áreas de exploração de petróleo em terra

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Foto: RESENDE, Alexander Silva de

O plano de recuperação de áreas degradadas abrange diferentes etapas, como o mapeamento, a escolha das espécies e a recuperação do solo e da cobertura vegetal, de forma que os processos seguintes possam ocorrer naturalmente. A criação de modelos de recuperação bem-sucedidos na região do bioma da Caatinga foi uma prioridade para que se possibilitasse a replicação em condições de degradação similares. Para isso, a escolha das espécies mais adequadas para condição de solo, clima e estágio de degradação foi fundamental.
Áreas com alto nível de degradação, que perderam sua biota e sua habilidade natural de repor a matéria orgânica do solo, necessitam de intervenção humana para que sejam estabilizadas e tenham sua situação revertida, acelerando e direcionando a sucessão natural. A Embrapa Agrobiologia vem utilizando a técnica de recuperação de áreas degradadas com leguminosas arbóreas de rápido crescimento inoculadas com bactérias fixadoras de nitrogênio e fungos micorrízicos há mais de 20 anos. Essa estratégia tem tido sucesso em diversas situações de degradação, como em áreas de empréstimo, cortes de estrada, voçorocas, áreas de mineração de ferro, ouro, bauxita, entre outras.
Diversos estudos indicam que espécies da família das leguminosas são capazes de se associarem a bactérias fixadoras de nitrogênio e a fungos micorrízicos, possibilitando às plantas maior capacidade de resistir aos estresses ambientais, uma vez que podem utilizar indiretamente o nitrogênio atmosférico como fonte desse macronutriente. Outra vantagem está relacionada ao aumento de sua capacidade de absorção de água e nutrientes do solo. Nesse contexto, essas espécies acabam favorecendo o desenvolvimento de outras mais exigentes, ativando os processos de sucessão ecológica.
O experimento de recuperação de áreas degradadas na Caatinga foi conduzido com o plantio de 20 espécies vegetais, sendo 10 leguminosas fixadoras de nitrogênio e outras 10 não leguminosas. Esse leque possibilitou a obtenção de boa diversidade de espécies arbóreas pioneiras, mais indicadas para o início de plantio em áreas abertas. O plantio das espécies escolhidas foi realizado de oito maneiras diferentes, para que fosse possível estabelecer o método mais indicado e o que trouxe melhor relação custo-benefício, ou seja, o que apresentou a relação mais equilibrada entre os custos econômicos da recuperação com os benefícios ambientais e sociais provenientes dela.
Foram privilegiadas as espécies com potencial de uso econômico como fonte para produção de mel, forragem para o gado e geração de energia, por meio da produção de óleo vegetal e madeira. O objetivo foi buscar, não somente a recuperação das áreas degradadas, mas também alternativas econômicas para os proprietários das terras onde ocorre a exploração de piçarra.

Situação: concluído Data de Início: Mon Oct 01 00:00:00 GMT-03:00 2007 Data de Finalização: Tue Sep 30 00:00:00 GMT-03:00 2008

Unidade Lider: Embrapa Agrobiologia

Líder de projeto: Eduardo Francia Carneiro Campello

Contato: eduardo.campello@embrapa.br

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