Algumas criações animais apresentam demasiado gasto de energia e tais gastos aumentam os custos finais dos produtos e, se substituídos por fontes energéticas mais baratas, podem aumentar significativamente os lucros da produção dos animais. Neste sentido, o aproveitamento de dejetos da bovinocultura leiteira para a geração de biogás se apresenta como alternativa potencial para o tratamento de resíduos e a redução do potencial poluidor com a vantagem adicional de que o efluente final pode ser utilizado como biofertilizante. A crescente busca por novas fontes e alternativas para reciclagem de resíduos e produção de energia limpa aponta para a utilização dos dejetos bovinos como opção economicamente viável dada a relevância da atividade agropecuária no Brasil. Do ponto de vista da produção de biogás, nosso estudo mostrou que a digestão anaeróbia a temperatura ambiente, em condições tropicais, utilizando os dejetos bovinos como substrato, é uma tecnologia viável. No entanto questões sobre a sustentabilidade do processo foram relevantes, o que leva em consideração a distribuição de microrganismos potencialmente patogênicos e o seu perfil de susceptibilidade a drogas antimicrobianas, quando da aplicação do biofertilizante no solo. Neste sentido na continuidade desta linha de pesquisa estudos avançados sobre a forma mais adequada da utilização do biofertilizante e da sua biossegurança e sanidade ambiental deverão ser conduzidos. As seguintes instituições participaram do projeto: EMATER-MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais), EMATER-PR (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Paraná), Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural), ILCT-EPAMIG (Instituto de Laticínios Cândido Tostes - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerias), UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e UNESP (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”) – campus de Jaboticabal. O projeto fortaleceu as Redes Nacionais de Pesquisa em Agrobiodiversidade e Sustentabilidade Agropecuária - REPENSA/Brasil.